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quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Cafés Alemães

A chegada dos Coffee-shops atraiu também um novo tipo de clientela, o público jovem, que descobriu as delícias de um café torrado na hora servido em xícara com uma espuma cremosa, por exemplo.



Com produtos diferenciados e de alta qualidade, os chamados coffee-shops despertaram no povo alemão o gosto pelo café preparado de forma diferente da tradicional. A nova tendência, entretanto, aponta o surgimento de um outro estilo de tomar café.

A bebida agora não se restringe apenas ao café filtrado misturado com um pouco de leite. As diversas variações oferecidas nos coffee-shops buscam agradar ao paladar do consumidor mais exigente, dando ao café um toque moderno e exclusivo.

Segundo Alfred d’ Escragnolle de Taunay, a Alemanha teve a honra de “Ter feito sair dos seus prelos a primeira referência à bebida da infusão arábica. É a de Rauwolf, em 1582, na sua famosa viagem a Aleppo”. E a história do café na Alemanha é cheia de altos e baixos, de grandes, famosas e inúteis campanhas contra a bebida. Em 1670 já havia um estabelecimento comercial dedicado á venda da bebida.

E a história do café não se faz tardar. Diziam barbaridades, inclusive que ele tornava as mulheres estéreis. Não era bem isso, era provavelmente também ciúme dos tempos passados no café.

Em defesa do café se insurgiu nada menos do que Johann Sebastian Bach, um dos grandes músicos de todos os tempos e entusiasta da bebida, que compôs a Coffee Cantata, a cantata do café (n°221de suas Cantatas Seculares, publicada em Leipzig por volta de 1732).

Os versos satíricos para a cantata foram compostos por Picander e começa dizendo que o café com açúcar era melhor que mil beijos e mais doce que o vinho moscatel. Aliás, nessa época, era costume misturar o café com muitos ingredientes como a cevada, mostarda, aveia, vinho e mel.

Frederico, o Grande, se insurgiu contra o café por razões econômicas pois ele estava fazendo concorrência com a cerveja alemã. Na época, era costume se tomar pela manhã a cerveja com cevada. O rei Frederico teve de se curvar mais tarde, mas não perdeu o tino comercial. Estabeleceu um privilégio real para a importação de café e o restringiu aos nobres.

A democratização dos país levou o café para todas as classes e hoje o alemão é um grande apreciador de café, que normalmente faz coado, embora o espresso seja também popular.

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