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sábado, 29 de janeiro de 2011

O Brasileiro está Consumindo mais Café


O café é uma das bebidas preferidas da população brasileira e os índices de consumo estão se consolidando, confirmou pesquisa encomendada pela Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). No que se refere ao tipo de café consumido, a pesquisa mostra que o brasileiro continua fortemente adepto da bebida coada/filtrada (93% em casa e 96% fora do lar). No entanto, tem aumentado o consumo de grãos especiais, de melhor qualidade, embora a participação desse tipo de grão no total ainda seja pequena. Em 2008, o consumo de variedades gourmet em casa era de 1,2% do total; em 2009 passou para 2,7%.

Segundo o estudo, divulgado hoje, no ano passado 97% dos entrevistados - homens e mulheres com mais de 15 anos de idade - declararam que haviam consumido café no dia da pesquisa e também no anterior, mesmo porcentual registrado em 2008.

Há sete anos, esse índice era de 91%. Consumo de café em 2010 foi o maior já registrado no país. O aumento no consumo individual fez com que a demanda total de café no Brasil chegasse a 19,13 milhões de sacas

Cada brasileiro acrescentou 210 gramas de café a sua dieta no ano passado. Esse aumento elevou o consumo per capita do produto de 5,81 quilos, em 2009, para 6,02 quilos em 2010, maior patamar já registrado no país. O recorde anterior era de 1965, quando o consumo per capita foi de 5,91 quilos.

O volume representa um crescimento de 4% em comparação às 18,39 milhões de sacas consumidas em 2009, de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic). Foi o sétimo ano consecutivo de crescimento de consumo no país.

Apesar de histórico, o desempenho manteve o Brasil como segundo maior consumidor do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. De acordo com estatísticas do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), os americanos consumiram no ano passado um total de 23,9 milhões de sacas. Apesar de maior consumidor mundial no volume total, cada americano compra, em média, 4,72 quilos por ano.

E a expectativa é que o ritmo de consumo no Brasil siga em alta. A Abic projeta para este ano um crescimento de 5%, o que elevaria o consumo doméstico para 20,27 milhões de sacas em 2011. Junto com o volume, as indústrias acreditam também no aumento do tamanho do mercado de café no país. Os R$ 7 bilhões em vendas registrados em 2010 podem crescer e chegar a R$ 7,5 bilhões neste ano.

Nem mesmo a valorização dos preços do café no mercado internacional devem inibir o aumento do consumo neste ano. "Nos próximos três meses o café alcança o pico da entressafra no Brasil e reajustes deverão ser feitos por parte da indústria. Mesmo assim, não creio que esses ajustes inibirão o consumo", afirma Nathan Herszkowicz, diretor executivo da Abic.

Para ele, com as boas previsões para o PIB em 2011 e o crescimento do consumo esperado para as classes C, D e E, além da previsão de que as classes A e B poderão crescer 50% até 2015, criam uma conjuntura que aponta para a manutenção do ritmo de crescimento do consumo. "O café ficou muito tempo com um valor defasado no mercado e perdeu peso dentro da cesta de alimentos do consumidor", afirma Herszkowicz.

Apesar de o brasileiro estar consumindo café como nunca e os patamares serem elevados, os volumes ainda estão distantes dos líderes. Nos países nórdicos - Finlândia, Noruega, Dinamarca - o consumo per capita de café gira ao redor de 15 quilos por ano. De qualquer forma, os três maiores consumidores do mundo - EUA, Brasil e Japão - representam juntos quase 40% de tudo aquilo que é adquirido entre todos os países.


terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Preço médio do café bate recorde em leilão da BSCA


O Cup of Excellence é realizado anualmente em nove países produtores de café. Além do Brasil, o concurso acontece na Guatemala, Costa Rica, Nicarágua, El Salvador, Honduras, Rwanda (África), Colômbia e Bolívia.

No Brasil, o concurso é realizado pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA, sigla em inglês), em parceria com Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Agricoffee Consultoria em Café e Alliance for Coffee Excellence (ACE). O investimento total no evento vai de R$ 400 mil a R$ 500 mil, bancado pelo Governo federal e BSCA.

Os 31 lotes vencedores do 11º Concurso de Qualidade Cafés do Brasil quebraram recorde mundial nos leilões do Cup of Excellence, realizados via internet na terça, dia 18, ao alcançarem receita total de US$ 738.506,40.

Os lotes também bateram recorde nacional de melhor preço médio nos 11 anos de história dos leilões do Cup of Excellence no Brasil, alcançando o valor de US$ 8,32 por libra-peso, ou US$ 1.100,53 (R$ 1.846,69) a saca de 60 kg, representando ágio de 137,71% sobre o preço de abertura de US$ 3,50. Na Bolsa de Nova York, o contrato futuro do café arábica, com vencimento em março/11, o mais líquido, encerrou ontem cotado a US$ 2,3250 por libra-peso.

O maior lance do leilão foi de US$ 25,05 por libra-peso (alta de 964,37% ante Nova York), pago pelo consórcio formado entre as empresas Saza Coffee, Ponpon Coffee, Tabei Coffee, Maruyama Coffee (Japão) e Lucca Cafés Especiais (Brasil). Esse valor equivale a US$ 3.313,49 pagos por cada uma das 20 sacas de Cláudio Carneiro Pinto, campeão do concurso, proprietário da Grota São Pedro, em Carmo de Minas (MG). O lote do produtor rendeu um total de US$ 66.271,03.

A segunda maior cotação do pregão foi paga ao café da Fazenda Serra do Boné, em Araponga (MG), de Carlos Sérgio Sanglard, vice-campeão do 11º Concurso de Qualidade Cafés do Brasil. Seu lote, também de 20 sacas, foi arrematado pelo consórcio formado por Kyokuto Fadie Corporation, Tashiro Coffee, Time's Club for C-COOP e Coffee Libre, que pagou US$ 1.600,53 a saca, gerando um total de US$ 32.011,16.

O presidente da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA, sigla em inglês), Luiz Paulo Dias Pereira Filho, ressaltou em comunicado o maior número de compradores participantes. A Marubeni Corporation, um grande comprador mundial, se interessou pelos cafés especiais do Brasil e adquiriu um lote do Paraná. Segundo ele, as empresas japonesas mantiveram seu intenso ritmo de participação e a boa novidade deste ano veio da Austrália, cujas empresas levaram muitos lotes.

Outro ponto de destaque foi a participação efetiva das empresas brasileiras no leilão deste ano. A Fazenda Camocim adquiriu, sozinha, dois dos 31 lotes ofertados. Já a Lucca Cafés Especiais integrou o consórcio que arrematou o café campeão do concurso e deu o maior lance do leilão.

Segundo a BSCA, mais de 200 torrefadoras internacionais fizeram ofertas no leilão pelos cafés especiais, além de empresas nacionais, em maior número este ano. "É importante não só pelo prêmio em dinheiro, mas pelo reconhecimento internacional", disse à Reuters Luiz Paulo Dias Pereira Filho, presidente da BSCA. 

FONTE
CANAL RURAL

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Cafeteria japonesa vende legítimo café brasileiro


Cafeteria japonesa vende legítimo café brasileiro, uma tradição no país. Tóquio é hoje uma das cidades com mais cafeterias no mundo. O café é vendido em máquinas automáticas espalhadas pelas ruas.

Que tal um cafezinho brasileiro em Tóquio com sabor de história? Ginza não é só o nome de um bairro. Com uma loja de grife em cada esquina, virou sinônimo de elegância, lugar para ver e ser visto. Para passear por aqui, as japonesas capricham no visual.

Nenhum passeio a Ginza é completo sem uma parada para um cafezinho. Uma tradição que surgiu há exatamente um século, aqui nesta cafeteria, que abriu as portas em 1910. O nome mostra de onde os japoneses importaram este hábito. Até hoje eles servem o legítimo cafezinho brasileiro.

Para o cafezinho chegar até aqui, percorreu um longo caminho, passou por uma história que mistura persistência e acaso. O responsável foi Ryo Mizuno, o mesmo homem que organizou a viagem do Kasato Maru, o navio que levou o primeiro grupo de japoneses para o Brasil.

Fazer essas viagens era caro e a empresa dele quase faliu. São Paulo precisava dos japoneses e o governo do estado resolveu ajudar Mizuno, fornecendo sacas de café de graça por um ano. Ele trouxe os grãos para o Japão e tentou vender aqui. A experiência foi um desastre.

Ninguém sabia o que era café. Todo mundo achou o líquido muito negro, muito amargo”, conta”, conta Taizo Hasegawa.

Taizo Hasegawa, herdeiro do Café Paulista, conta que Mizuno não desistiu e mandou dois funcionários a Paris, pesquisar como funcionavam as famosas cafeterias da capital francesa. Quando eles voltaram, Mizuno construiu uma cafeteria com jeito parisiense, mas nome brasileiro, uma homenagem a quem o ajudou a descobrir o café. Dessa vez, a moda pegou.

“Artistas, estudantes, escritores, todos que queriam aprender essa coisa ocidental, todos queriam provar o café”, conta Taizo Hasegawa. Durante décadas, o café seguiu sendo o lugar das celebridades. Quando John Lennon e Yoko Ono estavam em Tóquio, não deixavam de dar uma passadinha aqui. De lembrança, ele deixou um prato autografado, que está guardado num cofre.

Hoje Tóquio é uma das cidades com mais cafeterias no mundo. O café é vendido em máquinas automáticas espalhadas pelas ruas. O Japão é o terceiro maior importador de café do planeta e inventou novidades como o café com gelo, que os japoneses adoram beber no verão.

O Café Paulista virou atração turística. Quem passa pelo local quer levar uma lembrança do lugar que conquistou um Beatle e um país inteiro com um gostinho do Brasil.

FONTE

http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2010/12/cafeteria-japonesa-vende-legitimo-cafe-brasileiro-uma-tradicao-no-pais.html

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Brasil Colherá 44 Milhões de Sacas de Café

 

O Brasil, único país produtor de arábica no mundo com crescente produção, o que vem garantindo o abastecimento do mercado cafeeiro mundial, colherá 44 milhões de sacas de café em 2011, dizem os números levantados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)... Em ano de ciclo baixo, a produção é superior em mais de quatro milhões de sacas en comparação com 2009...

 

A primeira estimativa para a produção de café arábica e conilon em 2011 indica que o Brasil deverá colher entre 41,89 milhões e 44,73 milhões de sacas de 60 kg do produto beneficiado. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), responsável pelo estudo divulgado nesta quinta, dia 6, isso representa uma redução entre 12,9% e 7,9% na comparação com as 48,09 milhões de sacas da temporada anterior.

 

O motivo é a bienalidade do produto, que intercala um ciclo produtivo alto e outro baixo. Se forem considerados os anos de baixa bienalidade, a safra atual será maior que a de 2009, quando a produção atingiu 39,47 milhões de sacas.

 

A área total cultivada com café no país, estimada em 2,28 milhões de hectares, é 0,4% ou 8,6 mil hectares inferior à da safra passada, que somou 2,289 milhões de hectares.

 

A maior redução se dará na produção de café arábica, com queda entre 15,9% e 9,9% (de 5,87 milhões a 3,65 milhões de sacas). Para a produção do robusta (conilon), a previsão aponta desde recuo de 3% a crescimento de 2,6%, ou seja, poderá haver redução de 340,3 mil ou aumento de 291,5 mil sacas.

 

O arábica representa 74,6% da produção do Brasil (de 30,97 milhões a 33,17 milhões de sacas) e o maior produtor é o estado de Minas Gerais, com 66,6% do total (de 20,98 milhões a 22,45 milhões de sacas).

 

Já o robusta participa com 25,4% (de 10,93 a 11,56 milhões de sacas), com destaque para o Espírito Santo, com 67,8% (7,40 a 7,86 milhões de sacas) da produção.

 

O estudo mostrou também que as chuvas registradas a partir da última semana de setembro nas principais áreas produtoras, sobretudo nas regiões sul e Zona da Mata de Minas Gerais e na maioria das áreas cafeeiras de São Paulo e Paraná, possibilitaram a elevação e a recuperação da umidade do solo. Com isso, houve estímulo para o florescimento. Nas demais regiões, as precipitações foram mais crescentes e intensas em outubro, favorecendo o desenvolvimento das plantas, a indução e a florada.

 

O levantamento foi realizado por técnicos da Conab e de instituições parceiras, no período de 8 de novembro a 3 de dezembro de 2010. Eles visitaram as áreas de maior produção dos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Paraná, Rondônia e Rio de Janeiro.



FONTE

Canal Rural