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domingo, 31 de outubro de 2010

Caçador de Café

Mapa, GPS, sensor para medir a temperatura das folhas e um caderno de capa dura para anotar todas as impressões no campo – são ferramentas “básicas”de profissionais do mercado de café conhecidos como: “coffee hunters”, ou caçadores de café. Profissionais habilitados em identificar grãos que podem resultar excepcionais xícaras de café.

O coffee hunter - treinado e educado para apreciar a espetacular variedade de gostos e sabores do café - é capaz de reconhecer componentes geográficos e sua influência no desenvolvimento do grão, além das diferentes etapas do processamento do café – da escolha da variedade ao ponto de torra ideal para cada lote, pois as peculiaridades geográficas de cada região compõem um terroir singular, originando grãos com notas de aroma e sabor distintos.

O jornalista do Financial Times contribuindo, Nicholas Lander, foi quem cunhou o termo "Coffe Hunters" na sequência de uma entrevista. O país de produção para ser considerado como em condições de produzir cafés especiais deve responder positivamente aos requisitos: Altitude; solos ricos; clima favorável; conhecimentos Produtor; Potencial para a separação varietal e experimentação; Moagem e preparação de especialização. Sendo assim, o café é cultivado ao longo dos trópicos, mas as regiões de produção primária para as classes especiais são: América Central e América do Sul, Caribe, África Oriental, Índia e Sumatra.



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Caçadores de Café

Pegada Climática do Café

A pegada de carbono de uma xícara de café
As pegadas reais oferecem detalhes sobre o tamanho, peso e velocidade, ao passo que as pegadas de carbono medem quanto dióxido de carbono (CO2) nós produzimos avaliando o impacto que nosso consumo tem sobre o ambiente; por meio da estimativa de emissões de gases de efeito estufa associada às nossas atividades cotidianas e que alguns denominam como pegada de carbono. A utilização de selos em produtos informando quanto foi emitido de dióxido de carbono (CO2) na sua produção – conhecida como pegada de carbono – já é adotada por diversos fabricantes europeus.

Por Christoph Trusen e Lia Krucken*

Saber a emissão de gases de efeito estufa dos produtos será cada vez mais útil para empresa e consumidores. A sustentabilidade ambiental é um princípio crucial para a competitividade das empresas. Está relacionada ao custo de produção (eficiência energética e uso de recursos ambientais) e à atratividade que a empresa tem no mercado, tanto sob o ponto de vista dos consumidores como dos investidores.

O painel intergovernamental sobre mudanças climáticas das Nações Unidas estabeleceu como objetivo a redução das emissões até 2050 em mais de 50% em relação ao ano de 1990. Para os países industrializados, essa redução deve chegar a 80%. Isso significa a criação de metas obrigatórias para os Estados e, portanto, os governos são impulsionados a converter o tratado internacional em leis aplicáveis aos diversos territórios e setores industriais.

Os consumidores também têm exigido das empresas uma postura mais responsável, buscando produtos com perfil mais sustentável, se informando sobre matérias-primas, processos produtivos, consumo energéticos dos produtos e a reputação das empresas. Na Alemanha, por exemplo, não menos de 70% dos consumidores desejam hoje um selo climático para os produtos. Um terço da população estaria disposto a contribuir pessoalmente através do consumo com a proteção do clima.

Cientes do interesse dos consumidores, fornecedores e indústrias também podem concentrar esforços em desenvolver processos menos impactantes ao clima. Grandes empresas como a Walmart neste contexto, estão exigindo cada vez mais que seus fornecedores adotem atitudes sustentáveis em seus processos. Da mesma forma, o investidor pode impulsionar negócios favoráreis do ponto de vista ambiental. Os princípios de investimento responsável (Principles for Responsible Investment, da United Nations Environment Programme - UNEP) estão se tornando referência para investidores escolherem as empresas nas quais irão colocar seu dinheiro. Neste sentido, o desenvolvimento de ações para reduzir o impacto climático ajuda a garantir a atratividade de negócios.

Uma das estratégias mais inovadoras para criar produtos mais "verdes" é mensurar e avaliar a pegada de carbono ou pegada climática de produtos “Product Carbon Foot Print” (o impacto que o produto tem no clima do planeta através de emissões de gases de efeito estufa durante seu ciclo de vida). O conceito já foi implementado por um conjunto de empresas importantes como BASF, Tetrapak e Deutsche Telecom. Esse projeto busca responder perguntas como: Qual é a pegada climática de um rolo de papel higiénico? Ou de uma embalagem Tetrapak? Ou de uma xícara de café? E como mensurar essa emissão?

Um bom exemplo de como mapear o impacto climático dos produtos é a análise realizada sobre uma xícara de café. Veja no quadro abaixo que a análise inclui todas as etapas – do plantio à produção – e também as atividades relacionadas ao consumo do produto.



Análise do impacto climático de uma xícara café (realizada pelo projeto PCF, da marca Tchibo, uma das maiores redes de comercialização de café da Alemanha)

Esse método auxilia as empresas a identificar os pontos críticos da cadeia de valor em que ocorrem maiores emissões de CO2 e, com base nessa análise, elaborar estratégias de redução. No caso do café seria, por exemplo, a utilização da matéria-prima orgânica, eliminando o uso de pesticidas e fertilizantes. Esse seria um dos principais pontos críticos da cadeia de valor, como mostra a figura. Surpreendentemente o transporte entre África e Europa e os processos de beneficiamento não são fatores críticos.

Além disso, o mapeamento do impacto climático pode constituir um importante indicador para o consumidor escolher os produtos que deseja comprar e saber como suas ações contribuem para a “pegada climática” do produto, promovendo mudanças no comportamento de consumo.

As ações que as empresas promovem para melhorar sua performance ambiental precisam ser comunicadas aos consumidores. As empresas que associam sua imagem à inovação, sustentabilidade e transparência criam vantagens comparativas nos mercados, tornando-se mais competitivas e valorizadas.

*Christoph Trusen é consultor senior em Gestão Ambiental e Manejo de Recursos Naturais. Doutor em Ciências Agrárias pela Universidade de Goettingen, Alemanha. Lia Krucken é pesquisadora e professora do Núcleo de Inovação da Fundação Dom Cabral e da Universidade do Estado de Minas Gerais.

Fonte:
Época Negócios

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Café Sem Açúcar Já!!

Sou à favor desta lei. É horrível pedir uma simples xícara de café e além de receber ele já adoçado com açúcar suficiente pra adoçar uma garrafa de café, um açucareiro o acompanha... Não entendo a função do açucareiro. O café já está tri-doce!!! Se é p'ra disponibilizá-lo, porque então já colocaram tanta açúcar no MEU café?/!! Não sou diabetica. Tomo café sem açúcar por opção em casa. Em outros locais se me oferecem café adoçado quando posso eu recuso e agradeço. Se não tem como evitar procuro tomar com leite ou pensar que estou bebendo algo semelhante ao café, mas não é café, às vezes dá certo...

Por meio de Lei Estadual 8.994, publicada no Diário Oficial no dia 23 de setembro/2008, os donos dos estabelecimentos de bares, restaurantes e similares estão obrigados a oferecer aos seus clientes café sem açúcar.

O objetivo da medida, sugerida pelo ex-deputado estadual Elion Vargas (PV) e já em vigor em todo o Espírito Santo, é atender às necessidades dos portadores de diabetes e demais consumidores que não podem ou não desejam consumir açúcar.

A opção da bebida sem açúcar deve ser disponibilizada tanto pelos que servem gratuitamente quanto os que vendem o café.

Os estabelecimentos que não se adequarem à nova legislação receberão uma advertência por escrito e, em caso de reincidência, terão de pagar multa no valor de 100 Valores de Referência do Tesouro Nacional (VRTEs), que equivale a R$ 181,00.

A iniciativa foi elogiada pelo representante da Sociedade Brasileira de Diabetes no Estado, Perceu Seixas de Carvalho. “Acho muito bom, porque ninguém é obrigado a ingerir açúcar se não estiver com vontade, principalmente se tiver diabetes ou com restrição alimentar”, disse. Segundo ele, a medida representa um benefício para os consumidores. “O açúcar é fonte somente de carboidratos e totalmente desnecessário.” O médico considera a lei válida, pois representa uma tentativa de mudar o hábito alimentar de algumas pessoas. “É uma medida de saúde pública voltada para o interesse coletivo”, comentou.

O médico endocrinologista Albermar Harrigan aprova a lei. Segundo o médico, ela possibilita que a dieta de muitos diabéticos seja mantida com regularidade. “Está no cotidiano tomar café depois do almoço. Por constrangimento, o diabético acabava aceitando o café oferecido. Com a opção do café sem açúcar, eles mantêm a saúde controlada.” Para o presidente do Sindicato dos Bares, Restaurantes e Similares (Sindibares), Wilson Calil, o consumidor que não pode consumir açúcar ganha conforto. O setor está preparado para isso. Hoje a maioria das casas tem máquina de café, e a bebida é adoçada depois de servida.

Máquina de Café Interativa



O fabricante de café Douwe Egberts apresentou na  Dutch design Week, em outubro/2009, o protótipo chamado BeMoved. Uma máquina de café interativa dotada de uma tela sensível ao toque e de uma câmera sensível onde as pessoas montam seus cafés escolhendo as opções e deslizando os ingredientes para seu copo. Durante a preparação do seu café, os usuários também podem visualizar a cotação de ações, ver a previsão do tempo, tráfego em tempo real ou até mesmo jogar um joguinho on-line. Também é possível criar um perfil com sua foto e preferências de café para evitar a repetição da receita toda vez que pedir.

Fonte: Revista Cafeicultura