Total de visualizações de página

sábado, 8 de agosto de 2009

Visitando Ribeirão Preto com a Beth

Sempre que visito algum lugar gosto de logo tomar um café para dar a "minha nota". Há dois anos tomei um... digamos um "café espresso" no aereoporto de Campo Grande/MS e ele chegou ao balcão sem cor, sem aroma, um chafé com sabor de água quente, repugnante. Pensei em me oferecer para tirar um café como se deve, mas me preocupei com as reações. Então sorvi meu "embolo" pensando que pudesse encontrar algum resquício de café. Em vão. O preço completou o ultraje. Dia desses a experiência se repetiu com a minha irmã no mesmo local, parece ser um problema com a máquina, com a marca do café, com a atendente... sei lá.

Esta semana fui a Ribeirão Preto/SP e tanto no trajeto e durante minha estadia em Ribeirão Preto eu pude experimentar vários cafés, (o preço limitava as várias xícaras que eu gostaria de tomar) com aromas que julguei entre frutado e achocolatado e de sabor ora equilibrado ora complexo, um Marketing-Mix, delicioso.


Ribeirão Preto



Ribeirão Preto, no interior paulista, sexta colocada no ranking da ONU, ainda mantém um certo ar interiorano, mas a força de sua economia faz dela quase uma metrópole. Nascida em 1856, em uma clareira onde um século antes os Bandeirantes estiveram de passagem, a cidade ganhou impulso com a lavoura de café, cultivada pelos imigrantes e fertilizada pela terra vermelha - "rossa" para os italianos e "roxa" no linguajar caboclo. Abastecia o mundo inteiro com o café chamado de "ouro verde".

O Museu do Café Francisco Schimidt preserva a história do “ouro verde” que moveu a economia de Ribeirão Preto; através de arados, máquinas de beneficiamento para descascar e ventilar o café, moinhos, pilão, xícaras, bules e diferentes tipos de grãos de café.


A terra de Ribeirão Preto transformou a região no maior produtor de grãos na virada do século XIX. O desenvolvimento trouxe novas culturas, como a cana-de-açúcar, a soja, o milho, o algodão, a laranja e implantou uma forte agro-indústria.

Mais de 80 municípios compõem a região de Ribeirão Preto. São 3 milhões de habitantes que ocupam uma área de 30 mil km2. A antiga clareira, banhada por dois córregos, logo se transformou em uma importante cidade, ligada ao país por ferrovia, telefonia e rodovias.

Túnel do Tempo
O último barão Produtor resiste ao avanço da cana e é o único em Ribeirão Preto que ainda vende café (24/05/2009 - Gazeta de Ribeirão)

As grandes propriedades cafeeiras já não existem mais em Ribeirão Preto como na época em que a cidade era conhecida como Capital Mundial do Café, mas, apesar disso, a prática da produção do grão para comércio ainda resiste no sítio do agricultor Pedro Pinto Coelho. Os 30 hectares de plantação rendem uma pequena parcela do que já foi produzido na cidade — sua propriedade é a única que ainda comercializa café em Ribeirão.



Coelho adquiriu o sítio Bela Vista do Paraíso, em Bonfim Paulista, há 34 anos. Comprado de um herdeiro dos antigos cafeicultores, o sítio ainda guarda características das grandes propriedades nos secadores de café e nas máquinas de beneficiar. Ele não pretende abandonar a produção. “De maio a agosto é a época da colheita. É uma época bonita, ver a plantação colorida. Tomei gosto por esta cultura, mas sei que não tem futuro.”

O produtor manteve os pés antigos de café e ampliou a produção. Hoje ele é dono de 30 hectares de plantação, a maior do município e a única comercializada. Os 48 mil quilos produzidos por Coelho são vendidos a exportadoras. Mas esta quantidade é pequena perto dos 2 milhões de arrobas produzidas na época dos reis do café, quando o “ouro verde” era o principal produto exportado pelo Brasil.

Via do Café
A VIA DO CAFÉ, que dá acesso ao bairro Monte Alegre, tem em seu canteiro central pés de café lembrando a saga da Região que se projetou internacionalmente na produção do "ouro verde". Ribeirão Preto, entre 1880 e 1930, foi sede de uma região produtora de café, com destaque mundial, recebendo o título de "Capital do Café".

Nenhum comentário:

Postar um comentário