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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Legítimo Café Brasileiro: Tradição no Café Paulista, em Tóquio


Que tal um cafezinho brasileiro em Tóquio com sabor de história? Ginza não é só o nome de um bairro. Com uma loja de grife em cada esquina, virou sinônimo de elegância, lugar para ver e ser visto. Para passear por aqui, as japonesas capricham no visual.

Nenhum passeio a Ginza é completo sem uma parada para um cafezinho. Uma tradição que surgiu há exatamente um século, aqui nesta cafeteria, que abriu as portas em 1910. O nome mostra de onde os japoneses importaram este hábito. Até hoje eles servem o legítimo cafezinho brasileiro.

Para o cafezinho chegar até aqui, percorreu um longo caminho, passou por uma história que mistura persistência e acaso. O responsável foi Ryo Mizuno, o mesmo homem que organizou a viagem do Kasato Maru, o navio que levou o primeiro grupo de japoneses para o Brasil.

Fazer essas viagens era caro e a empresa dele quase faliu. São Paulo precisava dos japoneses e o governo do estado resolveu ajudar Mizuno, fornecendo sacas de café de graça por um ano. Ele trouxe os grãos para o Japão e tentou vender aqui. A experiência foi um desastre.

“Ninguém sabia o que era café. Todo mundo achou o líquido muito negro, muito amargo”, conta”, conta Taizo Hasegawa.

Taizo Hasegawa, herdeiro do Café Paulista, conta que Mizuno não desistiu e mandou dois funcionários a Paris, pesquisar como funcionavam as famosas cafeterias da capital francesa. Quando eles voltaram, Mizuno construiu uma cafeteria com jeito parisiense, mas nome brasileiro, uma homenagem a quem o ajudou a descobrir o café. Dessa vez, a moda pegou.

O pé de café — eis a árvore que os imigrantes acreditavam dar frutos de ouro.

Ao saborear o líquido amargo, muitos inquietavam-se: teriam atravessado o oceano para cultivar esse fruto tão amargo?

O café brasileiro já é tão familiar aos japoneses que fica difícil dissociar a palavra “café” da palavra “Brasil”.

O Brasil é o principal produtor de café do mundo, sendo responsável por mais de 30% do café produzido no planeta. Graças à instabilidade do solo brasileiro, fazendo com que haja anos de boa safra e anos em que não há safra alguma, o mercado do café oscila com facilidade no mundo todo.

Atualmente, o Japão é o terceiro maior importador de café no mundo, ficando atrás somente dos Estados Unidos e da Alemanha.

Nos últimos anos, Brasil, Colômbia e Indonésia têm-se destacado como os principais exportadores de café para o Japão, sendo responsáveis por 60% de todo o café consumido no arquipélago (30% do café importado pelo Japão vem do Brasil, que ocupa a posição de liderança).

As primeiras sacas de café que Ryō Mizuno recebeu em forma de doação do governo do Estado de São Paulo chegaram ao Japão em 1912. Não se sabe qual era a proporção entre o café brasileiro e o café de Java; sabe-se somente que, até 1922 (ano em que o café deixou de ser distribuído gratuitamente a Mizuno), o café brasileiro obteve a primazia sobre o café javanês.

Mizuno — que contribuiu significativamente para a vinda do Kasato-maru ao Brasil, abandonando em seguida o seu papel no projeto imigratório — batizou o café oferecido gratuitamente pelo governo estadual de “café subsidiado”.

Utilizando o café que recebia do Brasil, Mizuno fundou o Café Paulista a fim de divulgar o produto e abrir novos mercados até então inexplorados. Foram abertas ao todo 23 filiais (uma delas em Shanghai), começando na região de Ginza. O Café Paulista, já no período Taishō, lançava as bases para a abertura de novos mercados para o café e para o surgimento de novos talentos no ramo oferecendo o “café subsidiado” como um sub-produto da viagem do Kasato-maru e “café barato e comida simples a preços baixos”.


“Artistas, estudantes, escritores, todos que queriam aprender essa coisa ocidental, todos queriam provar o café”, conta Taizo Hasegawa. Durante décadas, o café seguiu sendo o lugar das celebridades. Quando John Lennon e Yoko Ono estavam em Tóquio, não deixavam de dar uma passadinha aqui. De lembrança, ele deixou um prato autografado, que está guardado num cofre.

Hoje Tóquio é uma das cidades com mais cafeterias no mundo. O café é vendido em máquinas automáticas espalhadas pelas ruas. O Japão é o terceiro maior importador de café do planeta e inventou novidades como o café com gelo, que os japoneses adoram beber no verão.

O Café Paulista virou atração turística. Quem passa pelo local quer levar uma lembrança do lugar que conquistou um Beatle e um país inteiro com um gostinho do Brasil.

Tokyo - Ginza (9) - Café Paulista (02-09-2010)


FONTE
G1

100 ANOS DE IMIGRAÇÃO JAPONESA NO BRASIL

domingo, 19 de dezembro de 2010

Chinês recria o Café Central Perk, da série 'Friends'

              É uma réplica fiel do cenário de Monica, Chandler, Rachel, Ross, Phoebe e Joey

O seriado americano “Friends”, da Warner Bros., ganhará uma versão para o cinema em 2011. A versão em longa-metragem da série, um dos maiores sucessos da televisão nos EUA, reunirá todos os seis atores principais - Jennifer Aniston, Courteney Cox, Lisa Kudrow, Matt LeBlanc, Matthew Perry e David Schwimmer - e será escrita e dirigida por seus criadores originais - David Crane e Marta Kauffman.

“Friends” teve dez temporadas ao todo e foi um dos seriados de maior sucesso nos EUA. Em 2004, o último episódio de toda a série foi o segundo programa mais visto na televisão americana naquele ano, atrás apenas do Super Bowl, a final da temporada de futebol americano. Astros como Bruce Willis, Brad Pitt, Julia Roberts e vários outros fizeram participações especiais no programa.

RÉPLICA DO CAFÉ CENTRAL PERK

Os nostálgicos fãs da série americana Friends, que desde 1994 faz rir telespectadores de todo o mundo, já podem reviver os melhores momentos do programa em um café que é uma cópia idêntica do famoso Central Perk - onde Monica, Chandler, Rachel, Ross, Phoebe e Joey passavam boa parte de seu tempo.

Só que, para isso, é preciso viajar à China. Na capital Pequim, o cenário foi reproduzido até o último detalhe em uma das regiões mais modernas, o distrito de Chaoyang.

                                     O proprietário Du Xin virou Gunther

O dono do café é o chinês Du Xin, que mudou seu nome para Gunther - o mesmo do personagem que gerenciava o estabelecimento no seriado e vivia uma paixão platônica por Rachel. Dois garçons também foram rebatizados, de Rachel e Joey - os dois personagens que trabalharam no café em diferentes temporadas.

"Abri este café porque essa série é muito importante para mim. Nos momentos mais difíceis da minha vida, quando a assistia, me trazia muita alegria. Quando vejo Friends, não me sinto tão só, e isso me faz muito feliz", contou o proprietário, que ressalta só uma diferença entre o "original" e a "cópia". O primeiro está localizado em um estúdio da Warner Bros, em Hollywood, e os visitantes não podem tocar em nada, enquanto no segundo podem ficar à vontade.



CAFÉ TEMÁTICO

Não faltam, entre outros detalhes, o mítico sofá no qual os seis protagonistas da comédia se sentavam com suas xícaras de café, em torno de uma mesa de centro que também faz parte da versão chinesa. Em frente ao sofá, uma televisão emite sem intervalos capítulos do programa, com sessões de "maratonas especiais" - nos últimos dias só foram ao ar capítulos natalinos.

"Foi um duro trabalho reproduzir o café. Tivemos que encomendar muitos móveis, e nos custou muito tempo. Para fazer uma simples cadeira tivemos que buscar muitas fotografias, de vários ângulos, porque na televisão as imagens passam muito rápido e não podemos vê-las detalhadamente", contou o Gunther chinês. "Espero que os atores do programa e seus fãs venham para este lado da Ásia para curtir e conversar sobre esta série neste lugar."

Relembre, no vídeo abaixo, uma das cenas de Friends no Central Perk



FONTE
VEJAABRIL

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Produção de Café: Destaque do Agronegócio Brasileiro



A Conab - Companhia Nacional de Abastecimento realiza em janeiro/2011 um leilão de 50 mil sacas de café. O estoque é do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé).

O Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC) liberou, em maio do ano passado, a retomada da venda dos estoques antigos do grão, que foram adquiridos antes de 1989. O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, autorizou o reinício das vendas desses estoques, na semana passada, em decorrência do atual comportamento de preços e da necessidade de liberação de alguns armazéns.

Manoel Bertone - secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura - afirma que esse é um leilão que não interfere no comportamento do mercado. Como o volume de café é pequeno, o CDPC recomendou a venda gradativa. A reação do mercado será monitorada e, se houver necessidade, os leilões serão suspensos.

Mesmo com uma pequena redução na área plantada, a produção de café alcançou 48,1 milhões de sacas na safra 2009/2010, aumento de 21,9% em relação ao ciclo anterior, quando foram colhidos 39,5 milhões de sacas. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que divulgou hoje (14) o quarto e último levantamento da safra de café, além da bianualidade, que leva o produto a ter ciclos anuais de alta e de baixa produtividades, o clima favorável também ajudou os cafeicultores.

A produção deste ano é a maior desde 2003, quando foram colhidos 48,4 milhões de sacas. Segundo informou Bertone (ex-presidente da Garcafé) o Brasil é o único exportador de café arábica no mundo com produção crescente. Com a quebra da safra de outros grandes produtores mundiais, como a Colômbia, o país está garantindo o abastecimento do mercado cafeeiro mundial.

Alcançamos um volume recorde de exportações, numa safra que também foi bastante significativa, o que vai consolidando a posição brasileira de líder no mercado mundial”, afirmou Bertone. Do total produzido nesta safra, 32,5 milhões de sacas foram destinados à exportação, segundo o Ministério da Agricultura.

O secretário avaliou que 2010 foi um ano positivo para produtores e empresas, pois os preços melhoraram já no início da safra. “Os agricultores estão mais propensos aos investimentos do que no passado, o que significa que os preços atuais começam a superar os custos de produção”. Ele também ressaltou a importância da aceitação, recente, do café brasileiro na Bolsa de Nova York, como reconhecimento da qualidade internacional.



DO ARÁBICA AO CONILON

O café tipo arábica representa 76,6% da produção brasileira, com 36,8 milhões de sacas, enquanto o conilon, ou robusta, tem 23,4% (11,3 milhões de sacas). Minas Gerais lidera a produção nacional (52,3%), com 99% do tipo arábica. O Espírito Santo vem em seguida, com 21,3% do total concentrados em café conilon.

A área plantada na safra 2009/2010 ficou 16,3 mil hectares menor (-0,8%) em relação à safra anterior. De acordo com a Conab, 90,7% estão em produção, enquanto o restante está em formação e ainda não entrou no ciclo produtivo. A pesquisa foi feita pela estatal, entre 8 de novembro e 3 de dezembro, nos principais estador produtores, como Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Paraná e Rondônia.



FONTE
DCI

sábado, 11 de dezembro de 2010

Casa Café Bar



Inspirado no conceito dos cafés europeus e instalado num típico sobrado de Pinheiros, na Mourato Coelho 25, o Casa Café Bar é um misto de café, restaurante e bar e oferece uma grande variedade de drinks e bebidas, além de uma carta de cervejas artesanais e importadas e uma carta de cachaças com mais de 80 rótulos, que foi premiada em 2014.


Descolado, casual e confortável, durante o dia, o Casa atende ao público da região com uma cozinha que se destaca, aberta todos os dias o dia todo, oferece desde o clássico Bolinho do Casa, com massa de mandioquinha e recheio de cordeiro desfiado, a Maminha à milanesa com risoto de limão siciliano, Linguine com Frutos do Mar e o tradicional Burguer com Fritas caseiras. Essas são ótimas pedidas, entre outros pratos, sandubas e comidinhas que saem da cozinha da Chef Amanda Shirashaki.


As Bruschettas, assadas com Foccacia, macio pão italiano feito no Casa, tem opções Caprese (tomate, mussarela de búfala e pesto de manjericão e Di Parma (presunto parma, queijo grana paddano e rúcula), são ótimas entradas para começar a noite e tomar excelentes drinques.


À tarde, as atenções se voltam para a cafeteria que conta com um uma variedade de cafés especiais para você provar a qualquer hora. Além de diferentes métodos de café, prove o Café Garapa, coado com caldo cana, sucesso entre as cafeterias brasileiras! Para acompanhar os Cafés, clássicos como Bolinho de Chuva e Brigadeirão estão sempre presentes nas mesas dos clientes!


O Casa Café Bar tem uma trilha sonora que varia de soul, jazz e clássicos brasileiros, em som ambiente, para harmonizar com seu momento!


Nossa infraestrutura possui no segundo andar uma televisão para você acompanhar as melhores programações esportivas, internet liberada aos clientes e espaço para reuniões. 
Fazemos reservas para eventos, aniversários, work-shops, degustações etílicas e de cafés, jantares e café da manhã corporativo.

Conheça o Casa Café Bar, aberto de domingo a domingo!


FONTE

https://sao-paulo.restorando.com.br/restaurante/casa-cafe

domingo, 5 de dezembro de 2010

Mudas Clonadas de Café Arábica


A palavra clone (do grego klon, significa "broto") é utilizada para designar um conjunto de indivíduos que deram origem a outros por reprodução assexuada.

O termo clone foi criado em 1903, pelo botânico norte-americano Herbert J. Webber, segundo ele, o clone é basicamente um descendente de um conjunto de células, moléculas ou organismos geneticamente igual à de uma célula matriz.

C L O N E   D E   C A F É   J Á   É   R E A L I D A D E

Em pouco tempo, os cafeicultores poderão utilizar mudas clonadas de café arábica com resistência ao bicho-mineiro-do-cafeeiro (Leucoptera coffeella) e à ferrugem (Hemileia coffeicolla), boa qualidade de bebida e alta produtividade. Para alcançar esses resultados, há 12 anos são selecionados, por meio de propagação vegetativa, plantas matrizes com características de grande interesse agronômico e econômico.

A previsão é começar, no final de 2011, a distribuição de mudas clonadas aos produtores de cooperativas de Minas Gerais e de outras regiões produtoras. Nessa etapa serão avaliados a adaptação e o comportamento agronômico das plantas selecionadas. “Será uma boa opção para a região do Cerrado, que sofre com a ocorrência do bicho-mineiro”, relata o pesquisador Carlos Henrique Carvalho, da Embrapa Café, de Brasília (DF), e coordenador do estudo.

No decorrer de 2010 e 2011, os clones serão multiplicados para serem repassados aos produtores no final de 2011. “É necessário um ano e meio para desenvolver uma muda clonada”, explica Carvalho. Futuramente, a multiplicação do material poderá ser feita em biofábricas de iniciativa privada ou de cooperativas com o repasse da tecnologia desenvolvida pela Embrapa.



O pesquisador destaca que a técnica da clonagem permite que as novas plantas tenham as mesmas características das originais, enquanto na multiplicação por sementes isso não ocorre com tanta fidelidade, como é o caso das híbridas. O desenvolvimento de cultivares de café arábica envolve um longo processo. Normalmente, demora cerca de 30 anos para uma nova cultivar chegar ao campo. Esse tempo pode ser reduzido para aproximadamente 10 anos com a seleção de plantas matrizes de grande importância agronômica e produção de mudas clonadas.

Segundo Carvalho, a técnica de reprodução é considerada a mais adequada alternativa para a multiplicação de plantas híbridas (cruzadas geneticamente) em larga escala. Em caráter experimental, a propagação por embriogênese somática foi testada com sucesso para a multiplicação de híbridos em alguns países da América Central. Cultivares obtidas por esse processo apresentam comportamento semelhante ao das oriundas de sementes, não havendo limitação para usá-las.

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), por demanda levantada pelo Polo de Excelência do Café (PEC/Café), é uma das instituições que apóiam financeiramente o projeto, além da Fundação de Apoio à Tecnologia Cafeeira (Procafé), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), por meio dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT), e do Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café.

Fonte:

Polo de Excelência do Café

*Revista Anuários reproduzida por Conselho Nacional do Café - CNC
*Clone de Café já é Realidade - 2002

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Julia Roberts Estrela Propaganda de Café


A atriz Julia Roberts recebeu um cachê de R$ 2,7 milhões para estrelar uma propaganda de 45 segundos de uma marca de café italiana. Apesar do salário milionário, Julia nem precisou falar na inserção, afirma o site DailyMail.

A propaganda, que é um especial para o Natal, faz menção ao renascentista italiano Alessandro di Mariano di Vanni Filipepi, dito Sandro Botticelli . Julia interpreta Venus, e, no cenário, está rodeada por nuvens. A campanha de Natal rivaliza com a da Nespresso, celebrizada pelos atores George Clooney e John Malkovich

Na cena, o pintor tenta retratar o sorriso da atriz, mas ela se recusa a fazê-lo. Ele, então, oferece a ela uma xícara de café da marca italiana e consegue arrancar um sorriso de Julia Roberts. A propaganda termina com a estrela de Uma Linda Mulher piscando para a câmera.

Julia Roberts - Lavazza
"A Modo Mio" Commercial 2010


Nespresso. What else? George Clooney e John Malkovich



O NASCIMENTO DE VÊNUS



É uma pintura de Sandro Botticelli, encomendada por Lorenzo di Pierfrancesco de Médici para a Villa Medicea di Castello. A obra está exposta na Galleria degli Uffizi, em Florença, na Itália. Consiste de têmpera sobre tela e mede 172,5 cm de altura por 278,5 cm de largura. A pintura representa a deusa Vênus emergindo do mar como mulher adulta, conforme descrito na mitologia romana. É provável que a obra tenha sido feita por volta de 1483, sob encomenda para Lorenzo di Pierfrancesco, que a teria pedido para enfeitar sua residência, a Villa Medicea di Castello.

Alguns acreditam que a obra seja homenagem ao amor de Giuliano di Piero de' Medici (que morreu em 1478, na Conspiração dos Pazzi) por Simonetta Cattaneo Vespucci, que viveu em Portovenere, uma cidadela à beira-mar. Qualquer que tenha sido a inspiração do artista, parecem haver influências de obras como a "Metamorfose" e "Fasti", ambas de Ovídio, e "Versos", de Poliziano.

No quadro, a deusa clássica Vênus emerge das águas em uma concha, sendo empurrada para a margem pelos Ventos D'oeste, símbolos das paixões espirituais, e recebendo, de uma Hora (as Horas eram as deusas das estações), uma manto bordado de flores. Alguns especialistas argumentam que a deusa nua não representaria a paixão terrena, carnal, e sim a paixão espiritual. Apresenta-se de forma similar a antigas estátuas de mármore (cujo candor teria inspirado o escultor do século XVIII Antonio Canova), esguia e com longos membros e traços harmoniosos.

C U R I O S I D A D E S

Reproduções e variações do quadro são relativamente freqüentes na cultura popular, inclusive em propagandas e no cinema. A cena do filme "007 Contra Dr. No", de 1962, em que Ursula Andress emerge do mar foi inspirada no quadro.

A mesma cena foi reproduzida com maior detalhe em 1988. No filme "As Aventuras do Barão Munchausen", com Uma Thurman no papel de Vênus. Ainda no filme "A Excêntrica Família de Antônia" da diretora holandesa Marleen Gorris, com com Willeke van Ammelrooy, Els Dottermans, Veerle van Overloop, Jan Decleir, Mil Seghers, Dora van der Groen, Thyrza Ravesteijn, Esther Vriesendorp, Carolien Spoor e Leo Hogenboom apresenta uma belissíma cena na qual uma das personagens é vista como a Venus.

Houve ainda alusão direta ao quadro no popular desenho animado Os Simpsons, no episódio "A Última Tentação de Homer" (no episódio da quinta temporada, 90º no geral – exibido originalmente em 9 de dezembro de 1993), quando o personagem central vê pela primeira vez uma nova colega de trabalho por quem se apaixonaria, ele a imagina como a Vênus de Botticelli, enquanto seus demais colegas representam as "Horas" na cena.



Uma versão estilizada da face de Vênus está na moeda italiana de 10 cêntimos de euro.

FONTE:
O nascimento de Vênus - Wikipédia

Sandro Botticelli - Wikipédia

domingo, 28 de novembro de 2010

Café Salgado


Encontrei esta novidade: Café com sal! Não tive "coragem" ainda de experimentar o tal do café salgado... Fiquei imaginando a pergunta: "Açúcar, adoçante ou sal?!"

Origem do Café Salgado: 85ºC Backery Café

Os responsáveis pela criação da bebida foram os chefs do 85ºC Bakery Cafe, a mais popular rede de cafés da ilha, que tem esse nome porque essa é a temperatura ideal para passar o café. Eles hesitaram seis meses antes de soltar a novidade mas, quando ela chegou aos balcões, tornou-se o produto mais vendido da rede.

O que inspirou os chefs a salpicar punhados de sal no café foi o hábito taiwanês de jogar sal nas frutas – como o abacaxi e o melão – para destacar sua doçura, afirmou a porta-voz do café. Segundo uma taiwanesa, os habitantes da ilha são "gananciosos". "Nós gostamos de todos os sabores de uma só vez".

O segredo do sucesso é a sequência de sabores que a bebida proporciona, asseguram os chefs. Primeiro é saboreado o sal, que faz aflorar os sentidos. Em seguida, as pupilas sentem o adocicado do café, que deve estar bem cremoso. "Por causa do contraste de texturas, você saboreia o sal e o café em diferentes momentos", disse uma cliente depois de provar seu primeiro café. “É uma experiência multi-sensorial que dá certo”.

A mistura de sabores é uma marca da cozinha oriental, especialmente a da China e de Taiwan – que fazia parte do território chinês e reivindica sua independência desde 1949. Isso pode ser refletido nos chás populares da ilha, que são feitos com uma mistura de chá quente ou gelado com suco de frutas e bolas de tapioca para mascar.

O sucesso do café salgado e o gosto pelas misturas exóticas inspiraram os donos do 85ºC, que agora apostam no café misturado com frutas frescas. Já a sensação salgada está em fase de testes na China. Se a ideia também vingar no continente, a rede deve exportá-lo também para suas lojas na Austrália e nos Estados Unidos.

A Moda do Café Salgado

No texto da Júlia Zillig (fotografias da Alexia Santi) ela observa que a busca pela potencialização do sabor do café deu corpo à moda do café salgado em taiwan. no ocidente, esse tipo de combinação pode fazer muita gente torcer o nariz, mas é uma aposta recente em busca de diferentes experiências.

Hoje, toda vez que bebo o café salgado, eu penso na minha infância, na minha cidade natal. A frase, do conto Café Salgado, da escritora Shimada Coelho (www.shimadacoelho.blogspot.com), mostra algo que, à primeira vista, parece inusitado. Um café temperado com sal? No mundo, o café é conhecido por ser degustado puro ou com açúcar – ou adoçante, para quem quer uma bebida com menos calorias.

E seus acompanhamentos seguem a mesma linha: petits-fours, bolachas, chocolates. Tudo liga a bebida a toques mais doces, característica do paladar ocidental quando o assunto é café.

No entanto, em alguns lugares parece que a bebida do conto de Shimada ganhou adeptos. Em Taiwan, conhecida por uma gastronomia um tanto quanto exótica – insetos são servidos como petiscos, por exemplo -, tomar café salgado virou moda.

A onda surgiu na rede de cafés 85ºC Bakery Cafe, a mais popular da região, que hoje tem o produto como o mais vendido da casa. Para esse povo – que tem o hábito de jogar sal nas frutas para destacar sua doçura e como traço marcante a mistura de sabores -, o novo ingrediente não parece nenhuma grande inovação no Oriente. Segundo os especialistas locais, o segredo do sucesso é a sequência de sabores que a bebida proporciona. O sal aflora os sentidos e em seguida as papilas gustativas sentem o gosto adocicado do café.

Marcia Yoko Shimosaka, degustadora de cafés da AMSH Consultoria, esteve em Taiwan e conheceu o novo produto. Segundo ela, a ideia foi bastante divulgada pelo mundo, mas o próprio taiwanês não conhecia a nova combinação. No entanto, acha difícil que isso seja bem-aceito em outros países. Marcia teve oportunidade de provar o café salgado e conta que a sensação não foi muito agradável. “A mistura é exótica, o gosto é inexplicável. Mas não consegui dar dois goles na bebida. O cheiro do sal marinho se sobrepõe ao aroma do café.” O sal é acrescentado ao café em forma de creme, semelhante ao leite vaporizado. “Não acredito que essa prática obtenha sucesso em outros países.”

A opinião é compartilhada pela barista Isabela Raposeiras. “Acho que as pessoas vão poder entender que o café é um produto mais abrangente do que se acredita, mas ainda aposto que a cultura brasileira de café com bolo de fubá, por exemplo, será sempre mais forte. Acredito que a bebida combinada com temperos e sal, ainda por algum tempo, será uma ousadia de pessoas ligadas à gastronomia contemporânea e baristas com uma formação técnica mais profunda.”

A não ser que seja um caldo ou uma receita de comida com café, Isabela não acha que adoçar a bebida com sal seja uma combinação bem-sucedida. “Assim como também não gosto do resultado sensorial do café adoçado com o próprio açúcar. As situações felizes sensorialmente são harmonizações de café com comidas salgadas ou uso da bebida como ingrediente em receitas nas quais pode ser o fator principal ou um dos temperos que as compõem.”



E POR QUE NÃO?!

Um café normalmente pede um acompanhamento. No Brasil, se você vai a uma cafeteria, não espere que lhe sirvam a bebida com um pequeno salgado. Por uma questão cultural o café vem acompanhado de minibolo, petit-four, bolachinha ou até mesmo chocolate. Mas segundo Isabela Raposeiras, o ator coadjuvante poderia ser sim um salgado. “Infelizmente hoje no Brasil é difícil alguém servir café com acompanhamentos salgados. Sempre defendi essa combinação pelo efeito que eles causam na percepção da doçura natural do café. Hoje em dia, as pessoas comem algo doce antes ou durante o café, e, consequentemente, essa percepção fica rebaixada. Se o acompanhamento for levemente salgado, a doçura do café fica relativamente maior.”

Abraçar o paladar adocicado, no caso do café, é algo fortemente visto no Brasil e também lá fora. “Os doces e a pâtisserie ainda continuam mais fortes na combinação com café”, explica Isabela. Segundo a especialista, tudo é uma questão de harmonização.

“O grande segredo é combinar um determinado café com algumas comidas, como se faz com vinhos. Isso inclui grãos diferentes, métodos de preparo, tipos de torra, entre outros. Da mesma forma que fazemos com qualquer comida e bebida, podemos harmonizar café por semelhança ou contraste, dependendo do resultado sensorial que se queira obter.”

 FONTE:
Revista Expresso

domingo, 14 de novembro de 2010

Brasil será o maior consumidor de café em 2012


O café tem novidades...

As exportações brasileiras de café alcançaram US$ 637 milhões em outubro, um aumento de 51,5% em relação aos US$ 421 milhões registrados no mesmo mês do ano passado, informou nesta segunda-feira a Cecafé.

O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) disse em comunicado que foram vendidos ao exterior 3,4 milhões de sacos de 60 kg de café, 20,5% a mais que em outubro de 2009.

As vendas do café arábica, de qualidade superior, concentraram 88% do total, enquanto a participação do solúvel foi de 9%.

Desde o início do ano, o Brasil exportou 31,5 milhões de sacos no valor de US$ 5,1 bilhões.

Os principais destinos das exportações brasileiras do grão são Europa (54%), América do Norte (23%), Ásia (17%), e América do Sul (4%). Na relação por países, o principal comprador do café brasileiro são os Estados Unidos, seguido por Alemanha e Itália.

De acordo com uma pesquisa feita pela Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), o consumo interno de café no Brasil é o que mais cresce mundialmente, com taxas de crescimento anuais entre 4 e 5%.Baseados nesses dados, pesquisadores prevêem que em 2012 o Brasil possa se tornar o maior consumidor da bebida no mundo.

Apesar de mais de 97% dos brasileiros acima de 15 anos consumirem café, o país ocupa a segunda posição no consumo de café mundial, atrás apenas dos Estados Unidos e das suas mais de 20 milhões de sacas consumidas por ano. Mas a meta nacional é chegar a 2012 com um consumo de 21 milhões de sacas.


Primeiro produtor mundial de café, o Brasil teve só no ano passado um aumento de 4,15% em relação a 2008. A previsão do setor é que, este ano, o consumo cresça 5%, passando para 19,31 milhões de sacas. Os estados de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Bahia e Rondônia são os maiores produtores.

"Esse aumento é resultado da melhoria da qualidade que vem sendo oferecida ao consumidor, além das campanhas de esclarecimento dos benefícios do café para a saúde", informou a Abic.



Além de consumir mais xícaras, o brasileiro também está procurando mais diversidade e praticidade de outros produtos provenientes do café, como expressos, cappuccinos e outras combinações com leite.

Visitando o blog do Leprout Bricio encontrei um portfólio sobre o café (http://www.cafébrasil.com.br/)  de muito bom gosto. Selecionei o mesmo para dar sabor ao meu post... Se quiser conhecer mais sobre o trabalho deste publicitário entre aqui

FONTE:
sALa DA iMPRENSa
rEVISTa aDEGa

Vinho de Café


Pesquisadores fazem vinho a partir de fruto do café

Instituto de Tecnologia da Costa Rica teve a ideia de juntar duas das mais tradicionais bebidas do ocidente: vinho e café.

A pesquisadora Patrícia Arguedas conseguiu fazer a fermentação do vinho com base no fruto vermelho do café, mais conhecida como "cereja". O resultado foi uma bebida com mais antioxidantes e compostos orgânicos que fazem bem à saúde do que o vinho feito de uvas.

O produto ainda está sendo melhorado, mas a sua criação fez com que Arguedas ganhasse uma bolsa em uma empresa de biotecnologia do país.

A pesquisadora também tem tentado fazer doces e barras energéticas a partir das plantas dos cafezais. A Costa Rica, assim como o Brasil, é reconhecida mundialmente por sua larga produção de café.

Fonte:
Revista Adega

Artistas incentivam o Consumo do Café na Colômbia


A Federação Nacional de Cafeicultores da Colômbia decidiu começar uma campanha para incentivar o consumo de café no país em abril deste ano. O que assustou os produtores foi o fato do café colombiano ser um dos mais conhecidos e exportados no mundo, mas ter o consumo interno equivalente ao de um país com baixa produção da bedida.

A campanha "Tome café" tentará aumentar o 1,87 quilo de café per capita dos habitantes da Colômbia. Na América do Sul, o número fica a frente apenas do Equador, com seus 0,67 quilos por pessoa por ano. Os produtores querem aumentar o consumo doméstico em 30% em um período de cinco anos, de forma que o consumo per capita anual chegue a 2,5 quilos.

Entretanto, muitos acreditam que a campanha será insuficiente. O jornalista e enólogo colombiano Hugo Sabogal narra no site South American Wine Group a primeira reunião entre os vinhos argentinos e o café colombiano que ocorreu na Expovinos de 2009.

"Lá, descobri que os participantes [colombianos] sabiam pouco ou nada de seu principal produto. Ao invés disso, foram capazes de reconhecer um Malbec Cabernet Sauvignon ou apreciar as diferenças entre os vinhos do Velho e do Novo Mundo. Mas ainda não conseguem distinguir o contraste de um café de um lugar específico na Armênia e um de El Pital, Huila", escreve o jornalista.

Em novembro/2010 começou a ser veiculada uma nova campanha para estimular o consumo de café na Colômbia. Quarto maior produtor de café do mundo, o país latino americano contou, entretanto, com uma ajuda extra para essa promoção.

Adriana Bottina, Andrés Toro, Marcela Dávila, Marre e Nicolás Mayorca estão entre os nomes dos artistas do showbizz colombiano que participam do novo projeto publicitário, intitulado "Colombianos com mais Ânimo". A campanha busca vincular o café e os valores positivos dos jovens talentos representantes da cultura do país para incentivar a população a consumir a bebida.

Atualmente, a Colômbia tem o segundo menor consumo de café da América do Sul, 1,87 quilo per capita, ficando atrás apenas do Equador e seus 6.700 gramas per capita.


Para Adriana Bottina, o café faz com que os colombianos tenham uma imagem positiva no exterior. Atriz e cantora de sucessos como Nadie es eterno en el mundo e La Hija de Mariachi, ela ressalta que promover o café é uma maneira de também ajudar um dos setores de maior representatividade do país.

Fonte:
Revista Adega

domingo, 31 de outubro de 2010

Caçador de Café

Mapa, GPS, sensor para medir a temperatura das folhas e um caderno de capa dura para anotar todas as impressões no campo – são ferramentas “básicas”de profissionais do mercado de café conhecidos como: “coffee hunters”, ou caçadores de café. Profissionais habilitados em identificar grãos que podem resultar excepcionais xícaras de café.

O coffee hunter - treinado e educado para apreciar a espetacular variedade de gostos e sabores do café - é capaz de reconhecer componentes geográficos e sua influência no desenvolvimento do grão, além das diferentes etapas do processamento do café – da escolha da variedade ao ponto de torra ideal para cada lote, pois as peculiaridades geográficas de cada região compõem um terroir singular, originando grãos com notas de aroma e sabor distintos.

O jornalista do Financial Times contribuindo, Nicholas Lander, foi quem cunhou o termo "Coffe Hunters" na sequência de uma entrevista. O país de produção para ser considerado como em condições de produzir cafés especiais deve responder positivamente aos requisitos: Altitude; solos ricos; clima favorável; conhecimentos Produtor; Potencial para a separação varietal e experimentação; Moagem e preparação de especialização. Sendo assim, o café é cultivado ao longo dos trópicos, mas as regiões de produção primária para as classes especiais são: América Central e América do Sul, Caribe, África Oriental, Índia e Sumatra.



Leia mais aqui...
 
Caçadores de Café

Pegada Climática do Café

A pegada de carbono de uma xícara de café
As pegadas reais oferecem detalhes sobre o tamanho, peso e velocidade, ao passo que as pegadas de carbono medem quanto dióxido de carbono (CO2) nós produzimos avaliando o impacto que nosso consumo tem sobre o ambiente; por meio da estimativa de emissões de gases de efeito estufa associada às nossas atividades cotidianas e que alguns denominam como pegada de carbono. A utilização de selos em produtos informando quanto foi emitido de dióxido de carbono (CO2) na sua produção – conhecida como pegada de carbono – já é adotada por diversos fabricantes europeus.

Por Christoph Trusen e Lia Krucken*

Saber a emissão de gases de efeito estufa dos produtos será cada vez mais útil para empresa e consumidores. A sustentabilidade ambiental é um princípio crucial para a competitividade das empresas. Está relacionada ao custo de produção (eficiência energética e uso de recursos ambientais) e à atratividade que a empresa tem no mercado, tanto sob o ponto de vista dos consumidores como dos investidores.

O painel intergovernamental sobre mudanças climáticas das Nações Unidas estabeleceu como objetivo a redução das emissões até 2050 em mais de 50% em relação ao ano de 1990. Para os países industrializados, essa redução deve chegar a 80%. Isso significa a criação de metas obrigatórias para os Estados e, portanto, os governos são impulsionados a converter o tratado internacional em leis aplicáveis aos diversos territórios e setores industriais.

Os consumidores também têm exigido das empresas uma postura mais responsável, buscando produtos com perfil mais sustentável, se informando sobre matérias-primas, processos produtivos, consumo energéticos dos produtos e a reputação das empresas. Na Alemanha, por exemplo, não menos de 70% dos consumidores desejam hoje um selo climático para os produtos. Um terço da população estaria disposto a contribuir pessoalmente através do consumo com a proteção do clima.

Cientes do interesse dos consumidores, fornecedores e indústrias também podem concentrar esforços em desenvolver processos menos impactantes ao clima. Grandes empresas como a Walmart neste contexto, estão exigindo cada vez mais que seus fornecedores adotem atitudes sustentáveis em seus processos. Da mesma forma, o investidor pode impulsionar negócios favoráreis do ponto de vista ambiental. Os princípios de investimento responsável (Principles for Responsible Investment, da United Nations Environment Programme - UNEP) estão se tornando referência para investidores escolherem as empresas nas quais irão colocar seu dinheiro. Neste sentido, o desenvolvimento de ações para reduzir o impacto climático ajuda a garantir a atratividade de negócios.

Uma das estratégias mais inovadoras para criar produtos mais "verdes" é mensurar e avaliar a pegada de carbono ou pegada climática de produtos “Product Carbon Foot Print” (o impacto que o produto tem no clima do planeta através de emissões de gases de efeito estufa durante seu ciclo de vida). O conceito já foi implementado por um conjunto de empresas importantes como BASF, Tetrapak e Deutsche Telecom. Esse projeto busca responder perguntas como: Qual é a pegada climática de um rolo de papel higiénico? Ou de uma embalagem Tetrapak? Ou de uma xícara de café? E como mensurar essa emissão?

Um bom exemplo de como mapear o impacto climático dos produtos é a análise realizada sobre uma xícara de café. Veja no quadro abaixo que a análise inclui todas as etapas – do plantio à produção – e também as atividades relacionadas ao consumo do produto.



Análise do impacto climático de uma xícara café (realizada pelo projeto PCF, da marca Tchibo, uma das maiores redes de comercialização de café da Alemanha)

Esse método auxilia as empresas a identificar os pontos críticos da cadeia de valor em que ocorrem maiores emissões de CO2 e, com base nessa análise, elaborar estratégias de redução. No caso do café seria, por exemplo, a utilização da matéria-prima orgânica, eliminando o uso de pesticidas e fertilizantes. Esse seria um dos principais pontos críticos da cadeia de valor, como mostra a figura. Surpreendentemente o transporte entre África e Europa e os processos de beneficiamento não são fatores críticos.

Além disso, o mapeamento do impacto climático pode constituir um importante indicador para o consumidor escolher os produtos que deseja comprar e saber como suas ações contribuem para a “pegada climática” do produto, promovendo mudanças no comportamento de consumo.

As ações que as empresas promovem para melhorar sua performance ambiental precisam ser comunicadas aos consumidores. As empresas que associam sua imagem à inovação, sustentabilidade e transparência criam vantagens comparativas nos mercados, tornando-se mais competitivas e valorizadas.

*Christoph Trusen é consultor senior em Gestão Ambiental e Manejo de Recursos Naturais. Doutor em Ciências Agrárias pela Universidade de Goettingen, Alemanha. Lia Krucken é pesquisadora e professora do Núcleo de Inovação da Fundação Dom Cabral e da Universidade do Estado de Minas Gerais.

Fonte:
Época Negócios

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Café Sem Açúcar Já!!

Sou à favor desta lei. É horrível pedir uma simples xícara de café e além de receber ele já adoçado com açúcar suficiente pra adoçar uma garrafa de café, um açucareiro o acompanha... Não entendo a função do açucareiro. O café já está tri-doce!!! Se é p'ra disponibilizá-lo, porque então já colocaram tanta açúcar no MEU café?/!! Não sou diabetica. Tomo café sem açúcar por opção em casa. Em outros locais se me oferecem café adoçado quando posso eu recuso e agradeço. Se não tem como evitar procuro tomar com leite ou pensar que estou bebendo algo semelhante ao café, mas não é café, às vezes dá certo...

Por meio de Lei Estadual 8.994, publicada no Diário Oficial no dia 23 de setembro/2008, os donos dos estabelecimentos de bares, restaurantes e similares estão obrigados a oferecer aos seus clientes café sem açúcar.

O objetivo da medida, sugerida pelo ex-deputado estadual Elion Vargas (PV) e já em vigor em todo o Espírito Santo, é atender às necessidades dos portadores de diabetes e demais consumidores que não podem ou não desejam consumir açúcar.

A opção da bebida sem açúcar deve ser disponibilizada tanto pelos que servem gratuitamente quanto os que vendem o café.

Os estabelecimentos que não se adequarem à nova legislação receberão uma advertência por escrito e, em caso de reincidência, terão de pagar multa no valor de 100 Valores de Referência do Tesouro Nacional (VRTEs), que equivale a R$ 181,00.

A iniciativa foi elogiada pelo representante da Sociedade Brasileira de Diabetes no Estado, Perceu Seixas de Carvalho. “Acho muito bom, porque ninguém é obrigado a ingerir açúcar se não estiver com vontade, principalmente se tiver diabetes ou com restrição alimentar”, disse. Segundo ele, a medida representa um benefício para os consumidores. “O açúcar é fonte somente de carboidratos e totalmente desnecessário.” O médico considera a lei válida, pois representa uma tentativa de mudar o hábito alimentar de algumas pessoas. “É uma medida de saúde pública voltada para o interesse coletivo”, comentou.

O médico endocrinologista Albermar Harrigan aprova a lei. Segundo o médico, ela possibilita que a dieta de muitos diabéticos seja mantida com regularidade. “Está no cotidiano tomar café depois do almoço. Por constrangimento, o diabético acabava aceitando o café oferecido. Com a opção do café sem açúcar, eles mantêm a saúde controlada.” Para o presidente do Sindicato dos Bares, Restaurantes e Similares (Sindibares), Wilson Calil, o consumidor que não pode consumir açúcar ganha conforto. O setor está preparado para isso. Hoje a maioria das casas tem máquina de café, e a bebida é adoçada depois de servida.

Máquina de Café Interativa



O fabricante de café Douwe Egberts apresentou na  Dutch design Week, em outubro/2009, o protótipo chamado BeMoved. Uma máquina de café interativa dotada de uma tela sensível ao toque e de uma câmera sensível onde as pessoas montam seus cafés escolhendo as opções e deslizando os ingredientes para seu copo. Durante a preparação do seu café, os usuários também podem visualizar a cotação de ações, ver a previsão do tempo, tráfego em tempo real ou até mesmo jogar um joguinho on-line. Também é possível criar um perfil com sua foto e preferências de café para evitar a repetição da receita toda vez que pedir.

Fonte: Revista Cafeicultura

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Caneca de Café Gigante, da GourmetGiftBaskets.com



Esta caneca gigante foi usada pelo site  GourmetGiftBaskets.com, quando sua equipe conseguiu o recorde de fazer o maior café gelado do mundo. Conforme o Guinness, havia 1.500 litros de café na “pequena caneca”.



GourmetGiftBaskets.com dobra o recorde anterior com um copo de café, conforme atestado em 2010 por um Guinness World Record Official, o GourmetGiftBaskets.com quebrou o recorde mundial Guinness para a maior xícara de café na Expo World Blog, em Las Vegas Nevada. A fabricação começou a ser feita às 4 da manhã, do dia 15 de outubro de 2010 e o último copo foi derramado antes das 12 horas. Uma caneca de café gigante de 8x8 pés especialmente construída detém os 2.010 galões de café fresco e equivale a 32.160 xícaras de café fresco.



Ao romper a maior Exposição do Café do Mundo a equipe de 15 funcionários da GourmetGiftBaskets.com quebrou o Recorde mundial Guinness. O café gelado foi obrigado a estar abaixo de 45 graus e levou 3.500 libras de gelo para atingir a temperatura recorde. Para não mencionar, eles tiveram que esvaziar 100 litros de café para acomodar o gelo e, depois de passar o dia perfeito, finalmente quebrou o recorde quando as portas do show estavam fechando!






As empresas que ajudaram na quebra destes registros incluem: Terracon Corporation de Boston forneceu o tanque de armazenamento que é a base do copo, Chisel Productions Inc. da Geórgia é construído um copo de café e lidar com o tanque usando uma espuma esculpida com um acabamento de poliuretano, Kerry / X Cafe de Princeton, MA, forneceu o 100% de café arábica Columbian, o Logo Loc LTD de New Hampshire forneceu camisetas personalizadas de qualidade, Marich Confectionary of California doaram amostras de seus grãos de café cobertos com chocolate e Bunn-O- A Matic Corporation da Springfield, IL, forneceu os distribuidores de café projetados para atender aos requisitos da tentativa de registro mundial.

FONTE


https://www.gourmetgiftbaskets.com/Guinness-World-Record-Cup-Of-Coffee.asp

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

A Margem Esquerda é Movida à Café

                                        
Gente quando eu crescer vou trabalhar num lugar assim (RsRsRsRsRs) que dá importância a qualidade do café consumido por seus funcionários. Sério!! Onde trabalho tem café, mas eu tenho a minha garrafa e levo o meu pó de café, desde 2002. E não é nem porque eu tomo o café sem açúcar, não. E questão de qualidade mesmo...


Pesquisando aqui e ali sobre o café meus olhos encontraram estas palavras: "[...] o café consumido pelos funcionários de Itaipu é da melhor qualidade, considerado gourmet. Não tem melhor em canto algum. E a gente zela para manter essa qualidade, nos testes sensoriais, o café com nota de 45 a 59 é qualificado como tradicional; de 60 a 73, superior; e com nota acima de 74, gourmet. Se o café comprado por Itaipu receber classificação abaixo de 74, o lote é devolvido – e o fornecedor ainda é multado", assegura Divan Saraiva da Cruz, da Divisão de Serviços Gerais (SGSS.AD).

Nada melhor do que um cafezinho bem quente, coado na hora, [...] que o digam os profissionais que percorrem os corredores de Itaipu com os aguardados carrinhos de bebidas. O volume de café consumido no local em dias frios pula para até oito quilos por dia – dois a mais do que em dias mais quentes. Com leite não é diferente: de 12 pacotes do produto em pó por dia (de 400 gramas cada), com o frio chegam a até 14 pacotes. O número só fica igual para o chá – 30 litros servidos por dia, em média. Isso porque no verão o chá quente é substituído pelo gelado.

O PESSOAL DA MARGEM ESQUERDA :D
Para se ter uma ideia, somente na margem esquerda, de 2001 a junho de 2010, já foram distribuídos 123.387 quilos de café – ou seja, mais de 123 toneladas do grão. A média anual é de 15.423 quilos. E o número vem crescendo ano a ano: em 2001, foram 11.529 quilos; em 2009, recorde da série história: 20.681 quilos.

No frio, o consumo de fato de fato aumenta. Desde 2001, a maior média mensal de distribuição de café para as copas de Itaipu é justamente em julho – 1.512 quilos, bem acima dos 780 quilos registrados na média de fevereiro.

E o pessoal da margem esquerda tem bebido bastante. O consumo médio per capita neste ano (2010) chegou a 2,59 quilos...

A pequena xícara de Itaipu guarda um líquido precioso: café goumert, da melhor qualidade



Fonte:  Jornal de Itaipu
 
PS: margem direita - Paraguai; margem esquerda - Brasil.

domingo, 19 de setembro de 2010

Feira do Café movimenta "Pirapó"

Tradicional Feicafé agitou os moradores e visitantes da região nesta sua sexta edição (17, 18 e 19 de setembro), no distrito de Pirapó, na região de Apucarana. A Feicafé trouxe palestras e exposições técnicas, concurso "Café Qualidade Paraná 2010", atrações artísticas e culturais, além de muita gastronomia. "Esta é a festa que ganha em tradição e em público todos os anos, que valoriza e divulga a qualidade da nossa cafeicultura e de todos que nela trabalham", define o prefeito João Carlos de Oliveira (PMDB).
Com shows todos os dias, a Feicafé incentiva a solidariedade. Na entrada dos shows foi cobrado 1 quilo de alimento não perecível.

A 6ª Feicafé é uma realização da Prefeitura de Apucarana, Secretaria de Indústria, Comércio e Agricultura, Associação dos Cafeicultores de Apucarana, Moradores de Pirapó, EMATER e Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).
Confira a programação:
17/09 - Sexta-feira
13h | Recepção / Inscrição. Local: Associação Comunitária do Pirapó
13h45 | Deslocamento para Fazenda Ubatuba
14h | Início do Dia de Campo. Local: Fazenda Ubatuba
17h | Retorno ao distrito
18h | \"Encerramento Concurso Café Qualidade Paraná 2010 Fase Regional\"
19h | Abertura Oficial
20h | Concurso do Bolo de Café
22h | Show Banda Brasil 2000
18/09 - Sábado
15h | Palestra Legislação Ambiental - João Batista Beltrame - Secretário do Meio Ambiente e Turismo
16h | Palestra - Prevenção de Incêndio - Corpo de Bombeiros
23h | Show com Gilberto e Gilmar
19/09 - Domingo
9h | Missa Campal
11h às 14h | Almoço (costelada) - Show de Viola com Ezequiel e Eduardo
14h | Apresentação de Taiko - Grupo Kyoushin Taiko de Arapongas
- Apresentações Culturais
22h | Camilinho e Banda, Marquito e Bailarinas do SBT

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A História do Café


Atualmente o Brasil é o maior produtor mundial de café, sendo responsável por 30% do mercado internacional, volume equivalente à soma da produção dos outros seis maiores países produtores. É também o segundo mercado consumidor, atrás somente dos Estados Unidos.

As áreas cafeeiras estão concentradas no centro-sul do país, onde se destacam quatro estados produtores: Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo e Paraná. A região Nordeste também tem plantações na Bahia, e da região Norte pode-se destacar Rondônia.

A produção de café arábica se concentra em São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Bahia e parte do Espírito Santo, enquanto o café robusta é plantado principalmente no Espírito Santo e Rondônia.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Homens erguiam sacas de café...

imagem: Imigrantes empregados na estiva do café, no porto santista: até 320 kg (6 sacos) nas costas.
                                     Foto: cartão postal da primeira metade do século XX
                                         

A vila de Santos (SP), fundada no século XVI mostrou até o século XIX uma fisionomia provinciana, aspecto que foi alterado com a exportação do açúcar no século XVIII, mas só o café despertou Santos para  a necessidade de aparelhar o porto para a exportação cafeeira... (Fonte: Novo Milênio - O relacionamento entre essa monocultura e o fluxo migratório, e suas influências em Santos, são os temas centrais da monografia, publicada no livro: Café - Santos e História - vários autores, Editora Leopoldianum/Universidade Católica de Santos, Santos, 1995)

UM ASSOBIO
Lídia Maria de Melo*

Minha cidade mudou de cor.
Já foi vermelha, desbravadora,
mais que temida: foi respeitada.
Minha cidade tinha
um característico viço incomum.
Homens erguiam sacas de café, de açúcar
e tantos outros produtos
que garantiam sustento digno.
Minha cidade era de brios.
Já foi grevista, polêmica,
operária, dona de vida à toa na beira do cais,
artística, intelectual,
poética, teatral,
vanguarda política e musical.
Minha cidade foi palco de eternos
e heroicos dribles,
célebres conquistas,
inesquecíveis vitórias.
Gerou discursos, comícios,
inflamadas assembleias.
Inspirou prosas e versos.
Minha cidade já teve siso, ares sombrios...
Minha cidade sempre se defendeu.


Nos últimos tempos, minha cidade contraiu
uma palidez preocupante,
uma cruel anemia.
Minha cidade ficou branca.
Mas não com ares de paz.
Seus meninos tombam, abatidos,
ainda no vigor dos hormônios.
Minha cidade virou manchete
na internet, rádios, jornais
e emissoras de TV.
Minha cidade perdeu o sono
e morre de medo.
Minha cidade anda doente,
necessitada de intensivos cuidados.
Minha cidade precisa
é recuperar o bom humor de um assobio.

                                                                   *Lidia Maria de Melo
Jornalista, Professora Universitária e Escritora escreveu os livros: 'Raul Soares, Um Navio Tatuado em Nós' e 'A Garra de Uma Leoa', os contos 'Como Um Poeta' (antologia 'Contos - Unicamp Ano 40') e 'Bala Perdida' (Prêmio Vladimir Herzog) e reportagens (jornais 'A Tribuna' e 'Cidade de Santos' e revista 'Nova Escola'). Tem romance, poemas, contos, ensaio e músicas ainda inéditos...

PS: Poesia reproduzida com autorização da Lídia. Obrigada!

domingo, 22 de agosto de 2010

Um cafezinho? Não, "O" café


Atualmente não é mais possível pedir um cafezinho simples, pois, como o vinho, o café tem outras tantas complexidades que tornam seus sabores e aromas tão atraentes

"Por favor, poderia me trazer um espresso de um legítimo bourbon amarelo, cereja descascada, vindo de regiões mineiras, com altitude elevada e levemente torrado?" É, já não dá mais para pedir simplesmente "um cafezinho".

Seria uma ofensa a uma bebida tão especial e uma das mais antigas e consumidas no mundo. Seja o café que compramos nos supermercados ou o que tomamos nas mais requintadas cafeterias, todos têm características próprias que devem ser apreciadas com o mesmo cuidado com que avaliamos e classificamos um bom vinho.

Cientificamente, existem relatos de aproximadamente mil espécies de café, ou seja, são muitos os tipos de grãos encontrados na natureza. No entanto, apenas duas destas espécies representam o imenso prestígio das mais importantes commodities mundiais, o Coffea arabica e Coffea canephora, popularmente chamados de café arábica e robusta.

As outras centenas de espécies servem como fonte de pesquisa de diversos institutos e universidades, para que delas sejam extraídas e transportadas geneticamente características importantes para a produção e melhora dos grãos.

A exemplo disso, o bicho-mineiro, principal praga do café, é tratado em vários lugares através da aplicação de defensivos agrícolas. No entanto, a transferência dos genes resistentes a ele encontrados na espécie Coffea racemosa para a espécie Arábica, dispensará ou diminuirá o uso de agrotóxicos no cultivo

Arábica

Mas vamos voltar às duas espécies comercializadas. O café Arábica, conhecido como Típica, Nacional ou Crioula, foi o primeiro a chegar ao Brasil, em 1727, vindo de arbustos da Guiana Francesa - que por sua vez haviam sido plantados com sementes provenientes da Holanda.

A partir de 1950, variedades de café Arábica foram introduzidas nos cafezais brasileiros, como o Bourbon Vermelho, da Ilha de Reunião, na África, e o café da Ilha de Sumatra, na Indonésia. Com o aumento da produção brasileira de cafés, outras variedades começaram a surgir, devido a mutações e recombinações genéticas, como o Bourbon Amarelo, o Mundo Novo e o Catuaí.

Em linhas gerais a espécie Arábica, produzida em lugares de maior altitude e clima temperado, é a mais comercializada mundialmente, apresenta aroma e sabor mais intensos, acidez e amargor balanceados. No Brasil, esta espécie é encontrada principalmente nos estados de Minas Gerais, algumas regiões de São Paulo e Paraná.

Robusta

A espécie robusta, originária de regiões tropicais, quentes, úmidas e de baixa altitude da África, começa a aparecer facilmente no Brasil, devido a diversos fatores como o clima apropriado, a infraestrutura já existente para o cultivo e, principalmente, por apresentar maior resistência à seca e às pragas.

Regiões como o Estado do Espírito Santo e Bahia são os grandes produtores desta espécie. O café robusta, em comparação ao arábica, é considerado mais amargo e mais encorpado, sendo a principal fonte para a fabricação dos cafés solúveis.

A composição química dos cafés ainda crus é um dos principais fatores que determinam o sabor e o aroma do grão torrado. E portanto, clima, solo, altitude e os tratamentos agrícolas interferirão diretamente na qualidade da bebida.

E com todas essas especificidades, tomar o café deixou de ser o simples encerramento de uma refeição, ou o acompanhamento de um bate-papo. Passou a ser motivo de encontro, confrarias começam a ser formadas.

Características importantes como acidez, amargor, corpo, sabor residual e doçura já são discutidas, e não é preciso ser um provador profissional para reconhecê-las. Basta se permitir a experiência de apurar o paladar.

Fonte: Adega - Por Juliano Ribeiro

Cafezais do século XIX voltam à ativa em Goiás

Além de importante polo turístico, o município de Alto Paraíso de Goiás, onde se localiza o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, também é referência na cafeicultura nacional

Os visitantes de Alto do Paraíso, ponto turístico de Goiás, já podem contar com um novo atrativo para a sua viagem: o café da região.

Moradores acreditam que os cafezais plantados na cidade foram trazidos por Bandeirantes que exploraram o local no início do século XIX.

Com essa descoberta, a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), com a coordenação dos pesquisadores da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), resolveu iniciar um projeto para resgatar o cultivo do café como a fonte de renda da região.

Até os anos 60, a maioria dos moradores vivia da agricultura, mas com a construção de Brasília e a criação do Parque Nacional, o turismo despontou no local e as pessoas começaram a se dedicar mais a esse tipo de trabalho.

A iniciativa da Embrapa irá implantar a cafeicultura orgânica e agroecológica na região. Como o local recebe diversos turistas ao longo do ano, o produto poderá ser vendido na própria cidade ou em outros mercados.

ANTIGOS CAFEZAIS
Os turistas que frequentam a cidade degustam um café, provavelmente levado por tropas de bandeirantes, ainda no início do século 19. Para conhecer mais sobre a história do grão naquela área e recuperar antigos cafezais, pesquisadores da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) foram a campo desvendar os segredos do tradicional café daquela região goiana.

O projeto possibilitou o resgate do café cultivado nas propriedades rurais e tradicionalmente consumido. Segundo os coordenadores do estudo, Paulo César de Lima e Waldênia de Melo Moura, o trabalho despertou os agricultores e familiares para a importância econômica desse produto, que pode se tornar fonte de renda e melhorar a qualidade de vida da população.

De acordo com os próprios moradores, o café da região está plantado nos leitos dos rios, rotas das tropas bandeirantes, percorridas para a exploração do País, entre os Séculos 16 e 19. Com a redescoberta desse café no município, os agricultores poderão retomar a produção agrícola comercial, realizada antes de se tornar centro de turismo, em 1960, com a criação do Parque da Chapada dos Veadeiros (1961).

Desenvolvido sob a liderança da unidade Café, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e coordenado por pesquisadores da Epamig, o projeto conta com o apoio da prefeitura municipal de Alto Paraíso de Goiás e da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado (Seagro). Como resultado, mudas de café já foram produzidas pelos próprios agricultores, em viveiros instalados nas escolas rurais de três comunidades da região - Sertão, Fraternidade e Vereda. Hoje, estão sendo cultivadas nas propriedades dos interessados no plantio do café para, futuramente, comercializar o produto


FONTES:
*ADEGA
*PORTAL DO AGRONEGÓCIO

sexta-feira, 30 de julho de 2010

O negócio dele é café


Ele tem 35 anos e a língua mais cara do mundo, segurada em US$ 15,5 milhões. Mas será que vale mesmo tudo isso? "É dinheiro demais", admite Gennaro Pelliccia, provador de cafés e criador de blends da rede de cafeterias Costa Coffee, na Inglaterra. Napolitano criado em Londres, ele garante que sua "língua é comum", em tamanho e qualidades. E conta que os diretores da Costa decidiram colocá-la no seguro em dezembro de 2008, quando uma pesquisa de mercado mostrou que sete em cada dez ingleses preferiam o cappuccino da Costa, desenvolvido por ele.



Ser dono de uma língua assim não é fácil. Nos períodos de prova, a língua manda em sua vida e determina sua dieta. Menta, doces e comida indiana são vetados. "Não posso comer pimentas nem curry, sofro com isso porque a comida indiana é a melhor que há em Londres", lamenta. Mas o mais surpreendente é que nesses períodos ele é proibido de tomar "café" após as refeições porque a bebida "confunde" as papilas gustativas. Gennaro gosta de fazer as provas de manhã, quando o paladar está mais limpo - degusta cem doses de café até a hora do almoço, servidas em colher de prata, com temperatura de 50°C a 55°C. Se está estressado, não prova. "O estresse muda a percepção", explica.



Fonte: aqui