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quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Pepsi Café


Pepsi promete equilíbrio entre receita que combina refrigerante com sementes arábicas e que deve chegar em duas versões em abrilpor Pedro Strazza

A PepsiCo divulgou no dia 12 de dezembro/19 que planeja lançar no mercado a Pepsi Café, uma variante do refrigerante Pepsi que marca o novo investimento da marca no mercado de produtos à base de café. Previsto para ser disponibilizado no mercado estadunidense em abril de 2020, o produto mistura a receita tradicional da soda com um extrato de sementes arábicas, que praticamente dobram a quantidade de cafeína na lata.

De acordo com o AdWeek, o novo refrigerante contará com invólucros de 354 mL de volume e duas variações. Enquanto a primeira será chamada original e vai oferecer um sabor mais acentuado de café, o segundo é de baunilha e trará uma versão mais adocicada da mistura, descrito pela própria marca como um “toque final cremoso”.

Em comentário oficial no anúncio do novo sabor, o vice-presidente de marketing Todd Kaplan declara que a marca “sabe que os consumidores hoje procuram por produtos que atendam as necessidades de energia, indulgência e frescor durante as ocasiões profissionais a tarde.” e que a empresa está “confiante” de que a Pepsi Café será bem recebida pelo público do refrigerante e de café graças ao “equilíbrio perfeito” encontrado na receita.

Embora seja a primeira marca de refrigerante a buscar explorar o cenário atual de explosão de popularidade dos produtos à base de café nos EUA, a Pepsi no cenário global não é a única que está expandindo sua linha de sabores para atender o mercado. A Coca-Cola só este ano lançou no território estadunidense um sabor laranja com baunilha, além de ter colocado à venda no Brasil uma versão à base de café de seu produto, a Coca-Cola Café.

No caso específico do segmento de café, a própria Pepsi já se aventurou antes por estes mares nos anos 90, quando colocou nas lojas entre 1996 e 1997 a Pepsi Kona, uma variação da receita original turbinada de cafeína.

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sábado, 7 de dezembro de 2019

Café molecular feito sem grãos


Café molecular feito sem grãos deve ser comercializado em 2020   -   Produto foi projetado para ter um sabor mais suave e menos amargo

Hambúrguer que não é feito de carne não é mais novidade, mas café que não foi feito de grãos deve ser a próxima. A startup Atomo, de Seattle, criou o que pode ser a primeira xícara de café molecular do mundo. A bebida é feita totalmente sem grãos, parece e cheira como um café comum.

A maior diferença é que o produto foi projetado para ter um sabor mais suave e menos amargo. Mesmo sem possuir grãos de café, a bebida ainda contém cafeína, que é produzida a partir de ingredientes naturais.

A receita exata não foi divulgada, mas pode ter sementes de melancia ou cascas de sementes de girassol. A Atomo trabalhou junto com a desenvolvedora de alimentos Mattson para desenvolver o café.

Os fundadores da empresa afirmaram que é preciso uma solução mais sustentável para ajudar a satisfazer o hábito diário de tomar café, devido aos efeitos crescentes das mudanças climáticas.



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sexta-feira, 6 de setembro de 2019

É possível fazer café sem utilizar os grãos?


O café é a bebida mais consumida no mundo, depois da água in natura.

Ele é preparado a partir dos grãos torrados (semente do fruto do cafeeiro, que é um arbusto) e depois moídos, que podem ter moagens diferentes para cada método de preparo (filtrado, espresso, prensa francesa etc.).

Mas será que é possível fazer café sem utilizar a matéria-prima principal, que são os grãos de café?

Dois americanos, um cientista e outro empreendedor, afirmam que sim, é possível fazer café sem utilizar os grãos.

A origem do café

Não existem registros oficiais sobre a origem do café. Sabe-se, entretanto, que se trata de uma planta nativa das regiões altas da Etiópia (Cafa e Enária).

Segundo uma das lendas, foi um pastor etíope, denominado Kaldi, quem percebeu que havia algo diferente nas plantas da região. Ele havia alimentado suas cabras com arbustos e folhagens que tinham um fruto amarelo-avermelhado e notou que os animais ficaram mais animados e com energia, a medida em que mastigavam os frutos.

Alguns registros afirmam que o consumo de café começou por volta de 575 d.C. – mesma época das lendas sobre a origem do café -, nessa época os etíopes alimentavam-se do fruto. Aparentemente, a polpa era consumida nas refeições. Ela era macerada ou misturada em banha. Com os frutos também faziam suco, que fermentado se transformava em bebida alcoólica. Suas folhas também eram mastigadas ou utilizadas no preparo de chá.

Como fazer café sem os grãos?

O café é uma bebida consumida há muito tempo e não existe outra forma de fazê-la sem utilizar os grãos de café.

Mas o cientista de alimentos Jarret Stopforth conseguiu criar um café “molecular”, sem a utilização dos grãos.

Primeiro, ele analisou todos os compostos moleculares existentes em uma xícara de café e usou esse modelo para criar a xícara de café perfeita sem utilizar os grãos.

Ele se juntou ao empreendedor Andy Kleitsch para fundar a empresa chamada Atomo – Molecular Coffee, que fica em Seattle, que promete criar cafés com perfis de sabores e aromas mais gostosos, como os cafés especiais, a partir de compostos encontrados em ingredientes naturais, como antioxidantes, flavonoides e ácidos clorogênicos. Mas eles não revelam quais são esses ingredientes.

O café produzido pela Atomo é moído e pode ser usado em cafeteiras elétricas, filtros diversos, Aeropress, prensas e cafeteiras italianas. No expresso ainda não.

Como surgiu a ideia?

Existem algumas projeções de que a demanda por café em 2050 pode ser o dobro que é hoje (165 milhões de sacas de café em 2018), impulsionada principalmente por países tradicionalmente consumidores de chás que estão consumindo mais café, como China e Japão.

Só que nesse mesmo período estima-se que a produção de café no mundo não acompanhará essa demanda, principalmente pelo aquecimento global, que deve reduzir pela metade as áreas de cultivo de café, se nada for feito para reverter esse problema.

Ou seja, não haverá café suficiente para todos.

Com isso em mente, surgiu a ideia de criar o café molecular Atomo.

Eles transformaram uma garagem em Seattle em um laboratório, onde analisaram grãos de café verdes e torrados utilizando uma técnica de cromatografia líquida de alta eficiência para separar mais de mil compostos do café.

O produto original era um líquido que eles fizeram em pequenas baterias na garagem. Em um teste cego feito na Universidade de Washington a bebida teve boas avaliações entre os alunos.

Hoje eles têm no ar uma campanha de financiamento coletivo no Kickstarter que já arrecadou US$ 25 mil (US$ 10 mil era objetivo) para vender uma primeira versão do café moído no quarto trimestre de 2019. Eles pretendem colocar a marca nos mercados americanos em 2020.

A bebida pode ser chamada de café, pois não há um padrão de identidade oficial da Agência Federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA – Food and Drug Administration.

quarta-feira, 31 de julho de 2019

Atomo: Café molecular feito sem grãos



O cientista de alimentos, Jarret Stopforth, criou um novo café feito sem grãos torrados do fruto do cafeeiro. Ele se juntou ao empreendedor Andy Kleitsch para lançar o produto, chamado Atomo

Os dois transformaram uma garagem na cidade de Seattle, nos Estados Unidos, em um laboratório de fermentação. Durante quatro meses, eles analisaram grãos de café verdes e torrados e utilizaram a técnica de cromatografia líquida de alta eficiência para separar os mais de mil compostos do café. A intenção era criar um produto com o mesmo aroma, cor e sabor da típica bebida. 

"À medida que nos aprofundamos no processo, aprendemos mais sobre as ameaças geradas pelo café como um todo, como o desmatamento, aquecimento global e o fungo devastador ferrugem", disse Stopforth. "Estávamos ainda mais empenhados em fazer um ótimo café que também fosse melhor para o meio ambiente." 

Os pesquisadores não revelam exatamente do que o café sem grãos é feito, mas declararam que trata-se de uma mistura de dezenas de compostos encontrados em alimentos, como antioxidantes, flavonóides e ácidos de café. Há, ainda, cafeína. 

Segundo a National Public Radio (NPR), organização de comunicação social dos EUA, outras startups já tentaram fazer café com ingredientes como cogumelos e bolotas (fruto produzido pelo carvalho), mas não conseguiram ganhar mercado. 

Para a criação do Atomo, os dois cientistas precisaram produzir diversas misturas. "Um dos primeiros protótipos que criamos na garagem de Stopforth não tinha nenhum ácido clorogênico, que é o composto que contribui para a amargura do café", lembrou Kleitsch. "Nós demos uma xícara de café para a esposa de Stopforth e ela disse: 'é assim que o café deve ter gosto'. Tinha o sabor e aroma de café sem amargura." 

Um teste de paladar realizado na Universidade de Washington, onde Kleitsch faz parte do programa de empreendedorismo, rendeu boas avaliações. Taylor Moore, estudante de pós-graduação, experimentou a bebida e disse: "gosto do meu café com creme e açúcar, mas eu beberia esse café puro, o que seria novidade para mim".

Uma campanha no site de financiamento coletivo Kickstarter, que arrecadou pouco mais de US$ 25 mil, os ajudou a chamar a atenção de investidores. O Atomo completou sua primeira rodada de financiamento (o valor total não foi divulgado), e a dupla está confiante de que terá seu café sem grãos no mercado em 2020. 

Apesar da bebida ser feita sem grãos do cafeeiro, ainda pode ser chamada de café porque a Food and Drug Administration, agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, não possui um "padrão de identidade" ou definição oficial sobre o que consiste um café. "Nosso café não vem de um grão. Na verdade, ficamos muito orgulhosos em dizer isso, e haverá verdade no rótulo para não enganar o consumidor", comentou Stopforth. "Mas como não há uma definição regulamentar oficial, ainda podemos chamá-lo de café."

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domingo, 28 de julho de 2019

Produção de cafés especiais no Brasil


Enquanto a maior parte dos produtores brasileiros se preocupa com a queda das cotações internacionais do café, um grupo seleto de cafeicultores não vê os preços em baixa. São os que produzem os cafés especiais, cuja demanda no país não para de crescer. E a produção também. Quase duplicou em três anos, passando de 5,2 milhões de sacas, em 2015, para 9,4 milhões, em 2018.

“Um café acima de 87 pontos, de uma fazenda já reconhecida no mercado internacional, não tem o preço atrelado às cotações internacionais. Esse pessoal não está nem aí para a bolsa”, afirma a diretora-executiva da Associação Brasileira dos Produtores de cafés Especiais (BSCA, sigla do nome em inglês), Vanusia Nogueira.

Os chamados cafés especiais, que oficialmente devem ser classificados acima de 80 pontos, representaram no ano passado mais de 15% da produção total brasileira, que também foi recorde, com 61 milhões de toneladas. “Além de ser o maior produtor mundial de café, o Brasil também é o principal fornecedor de cafés especiais, já ultrapassou a Colômbia”, acrescenta Vanusia.

Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o valor médio da saca da variedade arábica ficou em torno de R$ 380 a R$ 390 em maio. Já o valor da saca dos cafés especiais podem passar facilmente de R$ 1 mil.




Demanda nacional em forte expansão

Entretanto, não é um caminho fácil até chegar lá. Além de muitas vezes o produtor ter de renovar a lavoura, para melhorar a qualidade, são necessários cuidados extras com o solo, acompanhamento do processo de colheita, para retirar os grãos maduros no ponto certo, e atenção especial ao processo de secagem. “Para esses cafés, os grãos colhidos hoje não podem secar junto com os da semana passada. Precisa de uma infraestrutura maior, mais investimentos”, explica a diretora da BSCA.

Vanusia explica que, por esses motivos, os produtores que sentem os lucros caírem com o café comum não podem migrar de repente para o café especial e esperar reverter as perdas no curto prazo. Ela ressalta ainda que o mercado premium está cada vez mais exigente, com exigência de pontuação mais alta do que os 80 pontos. “Atualmente, um café de 83 pontos já não é raridade e o mercado remunera pouco a mais”.

No mercado brasileiro, Vanusia ressalta que a demanda pelos cafés especiais cresce em ritmo muito acelerado. Segundo dados da associação, no ano passado, o consumo interno foi de 700 mil sacas. Vanusia diz ainda que a expectativa de chegar a 1 milhão de sacas comercializadas no país, prevista para 2021, já pode ser vislumbrada para este ano.

Já pelo lado da produção, a executiva alerta que em 2019 não é esperado crescimento como o que ocorreu no ano passado por causa do clima. “Ano passado foi extraordinário. Teve um período de chuvas uniforme e seca na colheita, que é no inverno. Esse ano não está assim”, pondera ela, lembrando que o café é uma cultura bianual e que, mesmo assim, o patamar de 9 milhões de sacas pode se repetir em 2019. (SNA)