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segunda-feira, 20 de julho de 2009

Selos: Pintando o Café

Um dos temas dos selos dos Correios, em 2008, é o café. A autora é a artista plástica Valéria Vidigal, que expõe obras sobre o tema até janeiro na cafeteria Il Barista (rua Verbo Divino, 1.385, Chácara Santo Antônio).


Valéria Vidigal frequenta ateliers desde os 11 anos de idade, quando começou a reproduzir parte da cultura dentro da qual ela cresceu. Sua mãe, Maria Auxiliadora Vidigal, pintava. E, o pai, João da Cruz Filho, era fitopatologista e professor. Entre suas lembranças mais remotas está o ato de moer café da “Vó Nicota”, prática que foi, ao mesmo tempo, brincadeira de criança e vivência cultural.

Valéria formou-se em Economia Doméstica, na Universidade Federal de Viçosa (MG), cidade onde nasceu e conheceu Gianno Brito, engenheiro agrônomo, também de tradicional família de Cafeicultores com quem veio a se casar, mudando-se para Vitória da Conquista em 1992. Seu marido já comercializava alguns de seus trabalhos na Bahia, e, quando para lá se mudaram, a artista abriu uma galeria de arte e uma escola de pintura. Hoje, com três filhos, formam uma família de cafeicultores.













Moinho

Café Concerto





















A artista é reconhecida em diversas partes do Brasil, participa em eventos sobre café de nível internacional e tem quadros em países como Suiça, Itália, Portugal, Estados Unidos, México e Venezuela.

A experiência pedagógica trouxe à Valéria Vidigal ainda mais maturidade e critério, cujo resultado se pode acompanhar pela evolução do seu trabalho. Sua técnica tornou-se mais exigente com o passar dos anos, e ela é definida pela busca do naturalismo, pelo rigor com a perspectiva, pelo trato da luz e também pela sensibilidade estética nas composições. Sua obra está catalogada no Anuário Brasileiro de Artes Plásticas e sua história está incluída na publicação do editor Antonio Carlos Moreira, o livro “História do Café no Brasil”.

Valéria Vidigal tem no café a sua vocação e a sensibilidade para retratá-lo. Herença do rigor científico paterno, docemente misturado aos sentimentos de leveza e equilíbrio que inspiram seu trabalho na arte, ofício da mãe. O resultado da mescla, uma artista independente, com personalidade e estilos próprios, que se reafirma a cada trabalho, todos reconhecidos.
Fonte: Jornal de Araguari

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