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segunda-feira, 27 de julho de 2009

Efeitos Terapêuticos do Café

A maioria das pessoas que consomem café diariamente desconhece as substâncias saudáveis e os seus efeitos terapêuticos. Segundo o médico Darcy Roberto Lima, doutor em Medicina pela Universidade de Londres que há 20 anos realiza pesquisas sobre café e saúde: "As pessoas esquecem que o café é uma fruta. A bebida dele é um suco de fruta quente extremamente saudável".




O café contém mais de 2000 componentes entre os quais se destacam o cálcio e o sódio e as vitaminas B3, B2 , B5 e B6, importantes no processo neurológico e equilíbrio geral do organismo. Segundo Darcy Roberto Lima, 20% da humanidade toma café todos os dias. "É é a segunda bebida mais consumida no mundo. Surgiram vários estudos nas últimas décadas mostrando a importância do café na alimentação humana", ressalta o médico. Estudos comprovam que o café pode ajudar a prevenir depressão, alcoolismo e suicídio.

*Bebida controversa e ao mesmo tempo unanimidade nacional, o café volta à pauta do dia. No Brasil, a Fundação Zerbini assinou, em 2006, um protocolo com a Associação Brasileira da Indústria do Café para a criação da Unidade de Pesquisa Café-Coração do Incor, que até hoje tem conduzido pesquisas sobre a bebida.

Entre as novidades das pesquisas foi apontado que o cafezinho está associado a um menor risco do desenvolvimento de diabetes tipo 2, pois o café contém anti-oxidantes que ajudam a controlar o dano causado às células que contribuem para o de-senvolvimento da doença.

O Kaiser Permanente, instituto localizado na Califórnia, apontou, ainda, que o café ajuda a prevenir a cirrose alcoólica, doença crônica do fígado causada pelo alcoolismo. O estudo reuniu informações de 125.580 pacientes sobre o consumo de café, álcool e chá, e as comparou com registros de casos de cirrose nesses pacientes, o que demostrou que quanto maior a quantidade de café ingerido, menores as probabilidades de desenvolvimento da doença.

O cientista Tomas De Paulis, da norte-americana Vanderbilt University Institut for Coffee Studies realizou 19 mil testes com a bebida. O resultado das pesquisas mostra que o efeito benéfico é maior do que se pensa. De Paulis diz que crianças que tomam café com leite uma vez ao dia têm menos chance de desenvolver depressão do que aquelas que não consomem a bebida.

A bebida reduz o colesterol, auxilia no combate a doenças coronarianas, proporciona efeitos antidepressivos, reduz o risco do Mal de Parkinson, protege contra diabetes do tipo 2, desenvolve ação antioxidante e auxilia em processos de emagrecimento e na prevenção de alguns tipos de câncer (cólon e reto).

A revista médica norte-americana Neurology indicou que a cafeína pode, ainda, retardar a deterioração mental em idosas. O efeito foi observado em mulheres com mais de 65 anos que consumiam mais de três xícaras de café por dia. A substância não teve o mesmo resultado nos homens. Os efeitos benéficos da bebida sobre a memória de portadores de doenças degenerativas ocorre porque a cafeína age no sistema nervoso central como um estímulo.

Além disso, pesquisadores do Centro de Transtornos Motores, ligado ao Centro Médico da Duke University da Carolina do Norte (EUA), afirmaram que membros de famílias afetadas pelo Mal de Parkinson que fumam e bebem café em grandes quantidades têm menos probabilidades de desenvolver a doença, apesar de correrem outros riscos ao adotar esses hábitos.

Estudos mostram que o risco cardiovascular pode diminuir com o consumo de café. Após acompanhar, por 15 anos, mais de 27 mil mulheres com idades entre 55 e 69 anos, pesquisadores noruegueses descobriram que as mulheres que bebiam de uma a três xícaras de café ao dia reduziam o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares em 24% em relação àquelas que não bebiam café.

No entanto, à medida que a quantidade de ingestão do café aumentava, o benefício decrescia. Com mais de seis xícaras ao dia, o risco não era reduzido de forma significativa. Ainda sim, depois de um filtro de controle por idade, consumo de cigarros e de álcool, as mulheres que bebiam de uma a cinco xícaras ao dia reduziram o risco de morte por qualquer uma das causas em 19%.

Cientistas espanhóis disseram que beber café pode ajudar a evitar o desenvolvimento de câncer de bexiga em fumantes, segundo estudo publicado no jornal of Epidemiology and Community Health. A equipe espanhola analisou os dados de mais de 1.500 pacientes, 500 dos quais com câncer de bexiga, atendidos em 12 hospitais da Espanha, durante o período de 112 meses. E a comparação entre o comsumo de café e fumo trouxe revelações inéditas, informou a agência Reuters. "Descobrimos que a probalidade de câncer de bexiga era mais alta em fumantes que não bebiam café" disse o dr. Gonzalo Lopes Abene, advertindo porém que o melhor é não fumar.

Auxiliando na memória.

Cientistas da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, descobriram que as pessoas idosas que bebiam uma xícara de café convencional antes de se submeterem a um teste de memória obtinham melhores resultados do que pessoas da mesma idade que optavam por sucos naturais. De acordo com os pesquisadores, produtos ou atitudes que reforçam os níveis de energia do corpo, como o próprio café ou uma sesta durante a tarde ou até um passeio, podem melhorar a memória. Outros aspecto interessante da pesquisa revela que tal fato pode não se aplicar a pessoas que não sejam consumidoras regulares de café.

Bebês não são afetados pelo café. Mulheres grávidas podem consumir café, ao contrário do que acreditam algumas pessoas temerosas pela saúde do bebê. Pesquisadores suecos apontaram que o consumo do produto, ao longo do período de gestação, não afeta o peso do bebê. Uma pesquisa de mais de três anos, realizada pelo Instituto Karolinska, em Estocolmo, estudou 900 mulheres grávidas suecas consumidoras regulares de café, sendo que todas elas deram à luz bebês saudáveis.

O café pode prevenir problemas dentários. Em testes de laboratório, alguns de seus componentes impediram a instalação das bactérias, o primeiro passo na formação das cáries. De acordo com a pesquisadora Carla Pruzzo, da Universidade de Ancona, na Itália, os componentes ácido clorogênico, ácido nicotínico e a trigonelina presentes no café impediram as bactérias Streptococcus mutans de se instalar em uma superfície dentária sintética. A trigonelina, o principal componente responsável pelo sabor ácido do café foi o mais potente anti-adesivo.

A pesquisadora apontou que há longo tempo sabe-se que os grãos de café, verdes ou torrados, contém substâncias anti-bactericidas e anti-oxidantes, porém a forma de ação de cada um desses componentes ainda é desconhecida. De acordo com Peter Martin, pesquisador do Instituto de Estudos do Café da Universidade Vanderbilt, em Nashville, Estado do Tennessee, EUA, a cafeína sempre foi considerada o principal composto bioativo do café, mas há uma série de outros compostos a serem estudados.

O café é um dos vários alimentos que vêm sendo estudados quanto à presença de substâncias que previnam os estágios iniciais da instalação das cáries, segundo o dentista William Bowen, da Escola de medicina e Odontologia da Universidade de Rochester, Estado de Nova Iorque, EUA. O chá e o suco de framboesa também podem conter substâncias que podem ser utilizadas em pastas e soluções dentárias. (Fonte: Brazilian Journal of Plant Physiology).

Apenas o cheiro do café já serviria para despertar pessoas privadas de sono. A afirmação foi feita por cientistas japoneses que dizem que substâncias presentes no café são capazes de reanimar qualquer pessoa. Segundo os estudos, a descoberta pode ter diversas utilidades, já que o café tem propriedades revitalizantes e energizantes. A reativação dos genes mRNA faz com que o cérebro seja 'despertado'. Isto pode explicar por que as pessoas gostam do aroma do café e se sentem mais dispostas, após consumi-lo.

As descobertas mais recentes sobre a prevenção das doenças neurodegenerativas incluem o café e a maçã na lista de alimentos recomendados. Beber de três a cinco xícaras por dia pode diminuir em 65% o risco de Alzheimer, segundo um estudo sueco, que acompanhou 1.409 pessoas por mais de 25 anos. Pesquisadores de Harvard mostraram que alto consumo de cafeína diminui o risco de Parkinson em homens. Entre as mulheres, o café tem efeito protetor só depois da menopausa e para quem não ingere repositores hormonais.

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