Conversando com pessoas que consideram o mercado do café ilimitado, cheguei a simples conclusão: a criatividade das pessoas deste "saboroso mundo" é movida à café!
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domingo, 19 de julho de 2009
Curiosidade Café
Com o vinho interditado na vida terrena, os árabes (Séc. X) passaram a torrar e moer as sementes do café para fazer o kahwa (vinho>café), bebida que estimula sem embriagar. O próprio arcanjo Gabriel teria inventado o kahwa para manter Maomé acordado enquanto decorava o Corão. As caravanas e peregrinações difundiram seu uso e logo Meca, Damasco e Constantinopla tinham suas ‘casas de café’. Como hoje, o ‘aceita um cafezinho?’ tornou-se rito de hospitalidade: não oferecer, desatenção; não aceitar, desfeita. Na lei otomana, a incapacidade de prover o café nosso de cada dia era motivo de divórcio.
O café fixa a atenção, aguça a idéia e estimula a palavra. As casas de café tornaram-se focus de reunião e conspiração. O sultão Amrat fechou os cafés de Istambul como ‘seminários de rebelião’ e Maomé IV foi além, demoliu os cafés e ensacou seus próprietários jogando-os no mar – não concebia cafeteria cheia com mequita vazia.
Na derrota turca em Viena (1683), o botim de sacas de café tornou a cidade a ‘mãe dos cafés’ e, Segundo a tradição, inspirou o croissant, pão imitando a lua crescente muçulmana que faz guarnição ao café matinal.
Vinho dos infiéis, o Vaticano considerou a proibição, mas o papa Clemente VIII, após provar, absolveu e batizou a bebida com o comentário: “É bom demais para ficar só do mouro”. Entreposto comercial com o Oriente, sem uma única plantação, a Itália tornou-se o centro de culto e indutrialização do café. O bloqueio naval de Napoleão fez com que criassem o espresso, mais café com menos grãos; criaram depois o cappuccino, cujo sabor depende do tom marrom igual ao do manto dos capuchinhos.
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