Agribusiness do Café no Brasil retrata o setor cafeeiro brasileiro, a partir de diagnósticos, entrevistas, análises e discussões com representantes de todos os segmentos do sistema agroindustrial (SAG) do café de diferentes regiões produtoras, além de técnicos de universidades e de institutos de pesquisa.
O livro Agribusiness do Café no Brasil, da professora Elizabeth M.M. Q. Farina e Coordenadora Adjunta do programa Maria Sylvia M. Saes, pesquisadora da equipe do PENSA, compila o resultado de uma ampla pesquisa sobre a competitividade do agribusiness brasileiro, que inclui a análise completa de nove sistemas agroindustriais (arroz, feijão, milho, trigo, soja, leite, algodão, cana-de-açúcar e café), realizada para o IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. A análise da logística de transportes complementa o estudo. O trabalho, realizado pelo Programa de Estudos dos Negócios do Sistema Agroindustrial (PENSA-FIA/USP), foi editado em uma publicação, lançada no segundo semestre de 1999.
Dados apresentados na publicação mostram que em 1998 o SAG do café foi responsável por 5% do total das receitas de exportações brasileiras, o que significa US$ 2,6 bilhões de divisas com exportação. Apesar desse resultado favorável, complementa a obra, a participação do Brasil no mercado internacional do café tem sido decrescente. Na década de 60 o Brasil deteve 40% do total da produção mundial de café, ao passo que nos anos 90 sua participação está ao redor de 20%.
No primeiro capítulo, a professora Elizabeth detalha a base conceitual utilizada pelo PENSA para analisar a competitividade dos sistemas agroindustrias que integram o projeto desenvolvido para o IPEA. Segundo a professora, são informações recomendadas aos leitores que desejarem se aprofundar nos fundamentos econômicos e metodológicos desenvolvidos pela equipe envolvida no projeto. O capítulo trata ainda dos temas relacionados a competitividade, estratégias empresariais, coordenação e políticas públicas dirigidas ao setor.
Os demais capítulos que compõem a obra são ilustrados com um série de tabelas, quadros e gráficos, que facilitam a leitura dos temas abordados. Entre eles estão contemplados a situação do sistema agroindustrial do café cultivado no Brasil, a participação da produção brasileira na produção mundial, o nível de exportações, preços, classificação de defeitos e padronização. Alguns destaques dessas tabelas podem ser observados no oitavo capítulo, que traz um quadro sobre os pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças observadas no SAG do café. Cada um desses tópicos está dividido por segmentos específicos. Também neste capítulo podem ser encontrados os quadros com a atual situação do sistema e uma projeção para 2008.
O quinto capítulo é o mais longo e também o mais rico. Nele as autoras apresentam uma ampla análise do ambiente competitivo em cada um dos principais segmentos do SAG do café. Consumidor, exportador, industrial (torrefação, moagem e solúvel e produtores são os tópicos tratados nesse trecho do livro.
Entre as tendências identificadas no segmento consumidor de café, as autoras apontam o crescimento do consumo de tipos especiais tanto no Brasil como no exterior, estagnação do consumo de cafés tradicionais nos países desenvolvidos, aumento da participação de produtos à base de cafés (café gelado em lata, cappuccino, balas de cafés e shake) no total das vendas de café no varejo, aumento da participação dos grandes supermercados na comercialização do café e aumentos das vendas de cafés em lojas especializadas.
O último capítulo do livro é dedicado a um conjunto de 23 propostas de políticas públicas e privadas que contemplem medidas de estímulo à produção sustentável e também medidas de estímulo à produção, comercialização e consumo de cafés de qualidade, relacionando os agentes responsáveis pela implementação de cada um das propostas.
Agribusiness do Café no Brasil
Autores: Elizabeth M.M. Q. Farina e Maria Sylvia M. Saes
Editora Milkbizz, São Paulo, 1999, 230 páginas.
felizmente, ou infelizmente não tomo café.
ResponderExcluirfaço mal?
Bjs
Algumas pessoas parecem ser mais impactadas, positivo ou negativamente, pelos efeitos do café do que outras. Eu posso pessoalmente garantir o fato de o meu dia transcorre bem melhor quando começa (e termina) com um bom café...
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