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quarta-feira, 15 de julho de 2009

Agribusiness do Café no Brasil

Agribusiness do Café no Brasil retrata o setor cafeeiro brasileiro, a partir de diagnósticos, entrevistas, análises e discussões com representantes de todos os segmentos do sistema agroindustrial (SAG) do café de diferentes regiões produtoras, além de técnicos de universidades e de institutos de pesquisa.


O livro Agribusiness do Café no Brasil, da professora Elizabeth M.M. Q. Farina e Coordenadora Adjunta do programa Maria Sylvia M. Saes, pesquisadora da equipe do PENSA, compila o resultado de uma ampla pesquisa sobre a competitividade do agribusiness brasileiro, que inclui a análise completa de nove sistemas agroindustriais (arroz, feijão, milho, trigo, soja, leite, algodão, cana-de-açúcar e café), realizada para o IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. A análise da logística de transportes complementa o estudo. O trabalho, realizado pelo Programa de Estudos dos Negócios do Sistema Agroindustrial (PENSA-FIA/USP), foi editado em uma publicação, lançada no segundo semestre de 1999.

Dados apresentados na publicação mostram que em 1998 o SAG do café foi responsável por 5% do total das receitas de exportações brasileiras, o que significa US$ 2,6 bilhões de divisas com exportação. Apesar desse resultado favorável, complementa a obra, a participação do Brasil no mercado internacional do café tem sido decrescente. Na década de 60 o Brasil deteve 40% do total da produção mundial de café, ao passo que nos anos 90 sua participação está ao redor de 20%.

No primeiro capítulo, a professora Elizabeth detalha a base conceitual utilizada pelo PENSA para analisar a competitividade dos sistemas agroindustrias que integram o projeto desenvolvido para o IPEA. Segundo a professora, são informações recomendadas aos leitores que desejarem se aprofundar nos fundamentos econômicos e metodológicos desenvolvidos pela equipe envolvida no projeto. O capítulo trata ainda dos temas relacionados a competitividade, estratégias empresariais, coordenação e políticas públicas dirigidas ao setor.

Os demais capítulos que compõem a obra são ilustrados com um série de tabelas, quadros e gráficos, que facilitam a leitura dos temas abordados. Entre eles estão contemplados a situação do sistema agroindustrial do café cultivado no Brasil, a participação da produção brasileira na produção mundial, o nível de exportações, preços, classificação de defeitos e padronização. Alguns destaques dessas tabelas podem ser observados no oitavo capítulo, que traz um quadro sobre os pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças observadas no SAG do café. Cada um desses tópicos está dividido por segmentos específicos. Também neste capítulo podem ser encontrados os quadros com a atual situação do sistema e uma projeção para 2008.

O quinto capítulo é o mais longo e também o mais rico. Nele as autoras apresentam uma ampla análise do ambiente competitivo em cada um dos principais segmentos do SAG do café. Consumidor, exportador, industrial (torrefação, moagem e solúvel e produtores são os tópicos tratados nesse trecho do livro.

Entre as tendências identificadas no segmento consumidor de café, as autoras apontam o crescimento do consumo de tipos especiais tanto no Brasil como no exterior, estagnação do consumo de cafés tradicionais nos países desenvolvidos, aumento da participação de produtos à base de cafés (café gelado em lata, cappuccino, balas de cafés e shake) no total das vendas de café no varejo, aumento da participação dos grandes supermercados na comercialização do café e aumentos das vendas de cafés em lojas especializadas.

O último capítulo do livro é dedicado a um conjunto de 23 propostas de políticas públicas e privadas que contemplem medidas de estímulo à produção sustentável e também medidas de estímulo à produção, comercialização e consumo de cafés de qualidade, relacionando os agentes responsáveis pela implementação de cada um das propostas.

Agribusiness do Café no Brasil
Autores: Elizabeth M.M. Q. Farina e Maria Sylvia M. Saes
Editora Milkbizz, São Paulo, 1999, 230 páginas.

2 comentários:

  1. felizmente, ou infelizmente não tomo café.
    faço mal?

    Bjs

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  2. Algumas pessoas parecem ser mais impactadas, positivo ou negativamente, pelos efeitos do café do que outras. Eu posso pessoalmente garantir o fato de o meu dia transcorre bem melhor quando começa (e termina) com um bom café...

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