Total de visualizações de página

domingo, 12 de julho de 2009

Era do Ouro para o Café da Colômbia



De acordo com uma matéria publicada no El tiempo o ano de 2009 será excelente para os cafeicultores da Colômbia, terceiro maior produtor de café do mundo, atrás do Brasil e do Vietnã.

Segundo Gabriel Silva, gerente da Federação Nacional dos Produtores de Café, a fim de evitar queda nos preços internacionais a entidade tem planos de adotar uma postura mais agressiva no mercado e acumular estoques nos próximos meses. “A idéia é acumular produção e apoiar o preço do grão”, disse.

Como não há escassez de café no mundo e algumas importantes safras estão em retração, como a do Brasil que caiu de 54 para 44 milhões de sacas — a estratégia da federação é estocar a produção para manter os preços do produto em patamares elevados.

Segundo Silva, para que haja algum impacto no mercado é necessário acumular 200 mil sacas, volume quatro vezes maior que o estocado no ano passado na Colômbia. Enquanto não tivermos um preço remunerador o melhor negócio é estocar o produto para salvar a exportação e os preços, diz. Para essa estratégia, a federação dispõe de 500 milhões de dólares.

A safra colombiana está estimada em doze milhões de sacas neste ano, volume cerca de 600 mil sacas menor que a colheita do ano passado. A produção na Colômbia se situou, durante quase uma década, em 10 milhões de sacas, saltando para os 12 milhões atuais, mas a expectativa da federação é chegar a 17 milhões em 2014.“Queremos aumentar a produção para defender a participação da Colômbia em todo o mundo”, diz.

De acordo com cálculos de Silva, o crescimento do mercado mundial está estimado em 2 % ao ano, ou seja, uma demanda que cresce 3 milhões de sacas por ano. A tendência é de que as exportações colombianas se situem em 11,2 milhões de sacas este ano.

A demanda por café será maior que a oferta. A taxa de cambio mais alta. Além disso, há redução dos preços do petróleo, e consequentemente dos insumos, e no, nosso caso uma boa oferta de mão de obra, a custos mais baixos. Isso tudo cria um cenário propício a um período de ouro”, avalia o executivo.

As boas projeções estão, inclusive, atraindo mais produtores para atividade. “
Este ano, por exemplo, temos 100 mil hectares de renovação, o maior nível em 5 ou 6 anos, porque as pessoas estão renovando seu café. É a fé no futuro. E essa aposta é o café. Nós temos milhares de jovens que aspiram a entrar no programa para dar café moído para novas gerações. Existe confiança no país
”, conclui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário