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quinta-feira, 18 de julho de 2013

Cantata do Café



Johann Sebastian Bach compôs uma Cantata do Café em 1732. Nela Bach descreve o conflito entre um pai de costumes rígidos e sua filha que adquiriu o hábito de beber café três vezes ao dia. Na época, o café era praticamente uma novidade na Alemanha.

Confiram: KaffeeKantate



Beber café, um desejo proibido para as mulheres da Alemanha do século XVIII. Apesar do consumo daquele grão escuro de efeito estimulante ter sido o acompanhamento perfeito das conversas sobre política e artes dos intelectuais eruditos, se ingerido pelas mulheres da época, o café era tido como “um negro veneno” que causava descontrole e esterilidade. Tudo bem, hoje, a discussão serve apenas de memória, mas, o curioso é observar o que a composição Kaffee-Kantate (ou, Cantata do Café), miniópera do “pai da música” Johann Sebastian Bach, contribuiu para essa história.

Tocada entre 1732 e 1735 na Kaffeehaus de Zimmermann, em Leipzig, a cantata tem tom cômico e narra a tentativa de repressão do pai rabugento. Schlendrian à mania de Lieschen, sua filha viciada em café. Esgotados os modos de convencê-la do perigo daquele terrível desejo, Schlendrian só consegue satisfazer à sua vontade quando a oferece um marido.

No entanto, ao contrário do repúdio ao café, instigada pelos homens da elite alemã, Bach compôs um salve, um ode, um reverendo à bebida. “Ah, como é doce o seu sabor. / Delicioso como milhares de beijos, / mais doce que um moscatel. / Eu preciso de café” (…) “Paizinho, não sejas tão mau. / Se eu não beber meu café / as minhas curvas vão secar / as minhas pernas vão murchar / ninguém comigo irá casar”.

O literato Milton Ribeiro, em post sobre o assunto em seu blog, deixou a ressalva: “Bach aprendera muito bem, em sua vida familiar, que influenciar os jovens não era assim tão fácil. Portanto, adicionou um recitativo no qual os planos de Lieschen são revelados: o homem que quiser casar com ela terá de consentir numa cláusula: o contrato matrimonial certamente preverá que a mulher possa tomar café sempre que lhe apetecer”.

Pois é, homens e mulheres! Quatro séculos depois, especialistas não têm dúvidas de que três a quatro xícaras para o café diário, o que representa cerca de 500 mg de cafeína, só faz bem para a saúde. Estimula a memória, combate a depressão e suas consequências, é rico em sais minerais – potássio, cálcio, zinco, ferro e magnésio -, além de vitamina B, ácidos clorogênicos, antioxidantes naturais, entre outros nutrientes. É, eles não sabiam disso...

Ganhar uma música escrita por um dos maiores nomes da música clássica como Bach não é para qualquer um. Inspirado pelo café, o compositor alemão fez uma cantata cômica, uma pequena ópera, sobre a bebida.

A Kaffee Kantate foi encomendada por Zimmermann, proprietário de uma cafeteria na cidade alemã Leipzig chamada de Kaffeehaus. Lá, ela foi apresentada durante quatro anos seguidos (entre 1732 e 1735).



Curiosamente, os papéis femininos da obra foram interpretados por homens, pois “cantoras” eram proibidas em lugares sérios da época. A história conta de um pai que tenta fazer com que sua filha não tome café e até lhe oferece um noivo. A filha Lieschen aceita finalmente a troca, mas, espertamente, inclui uma cláusula que a permite tomar café sempre que ela quisesse no contrato matrimonial.

A tradução da letra, segue abaixo:
“O gato não é o rato,
O café continua sendo o irmão das solteiras.
A mãe ama o café quente,
A avó bebia isso também,
Quem quer insultar suas filhas!”
Alguns versos extraídos da cantata são muito engraçados:
“Ah, como é doce o seu sabor.
Delicioso como milhares de beijos,
mais doce que um moscatel.
Eu preciso de café.”
“Paizinho, não sejas tão mau.
Se eu não beber meu café
as minhas curvas vão secar
as minhas pernas vão murchar
ninguém comigo irá casar.”

FONTE

http://www.mexidodeideias.com.br/index.php/curiosidades/cantata-do-cafe-de-bach/

http://www.cafefacil.com.br/blog/bach-cantata-do-cafe-em-homenagem-ao-dia-internacional-da-mulher/

http://www.cafefacil.com.br/blog/bach-cantata-do-cafe-em-homenagem-ao-dia-internacional-da-mulher/#sthash.PHM9hVkX.dpuf

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