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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Selo de Indicação Geográfica


 Os processos de certificação de indicação de propriedade intelectual, que apontam procedência geográfica e cultural de produtos manufaturados, atraem o interesse dos produtores, empresários e consumidores do mercado brasileiro.

"O interesse pelas certificações de Indicação Geográfica cresce no País na medida em que permitem agregar valor aos produtos", verifica Vinicius Lages, gerente da Unidade de Atendimento Comércio e Serviço do Sebrae Nacional.

Setor agropecuário

Os produtores rurais já estão na busca pelas certificações, que são como passaportes para se alcançar consumidores cada vez mais exigentes e diferenciados no mercado globalizado.

"A Indicação Geográfica (IG) agrega valor e reputação aos produtos, relacionando-os a uma determinada região e a um modo de produção", explica Lages.

Vantagens

Um dos benefícios para os produtores é a questão do comprometimento com o padrão de produção definido no dossiê aprovado pelo órgão competente, que no Brasil é o Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi).

Com a qualidade e a diferenciação do produto, auxiliada pela IG, o acesso ao mercado aumenta e gera melhoria da qualidade na gestão dos empreendimentos, dirigidos, na maioria das vezes, por empresários de pequeno porte.

"A marca coletiva gera melhores condições aos pequenos produtores rurais na comercialização e esforço de produção. Quanto mais a geografia ligada ao produto for conhecida, melhor posicionamento de mercado será alcançado", comenta o gerente.

Certificação da IG

Até o momento, os produtos que possuem certificação de IG no Brasil são: os vinhos do Vale dos Vinhedos, no Rio Grande do Sul, o café do Cerrado Mineiro e a carne do Pampa Gaúcho.

Segundo Lages, a implantação das certificações de propriedade intelectual é complexa e demorada e é preciso muito cuidado para que elas não sejam banalizadas. "O Vale dos Vinhedos, por exemplo, produz vinho há mais de cem anos", justifica. Os produtos devem ser realmente diferenciados para merecer os selos IG.

A presença do selo de Indicação Geográfica é uma garantia para o consumidor

Nos mercados nacionais e internacionais, muitos produtos são caracterizados não apenas pela marca que ostentam, mas também pela indicação da sua verdadeira origem geográfica. Esta indicação lhes atribui certa reputação, valor intrínseco e identidade própria que os distinguem dos demais produtos de igual natureza disponíveis no mercado.

O termo "indicação geográfica" foi se firmando quando produtores, comerciantes e consumidores começaram a identificar que alguns produtos de determinados lugares apresentavam qualidades particulares, atribuíveis à sua origem geográfica, e começaram a denominá-los com o nome geográfico que indicava sua procedência.

Os produtos que apresentam uma qualidade única, explorando as características naturais, tais como geográficas (solo, vegetação), meteorológicas (clima) e humanas (cultivo, tratamento, manufatura), e que indicam de onde são provenientes são bens que possuem um certificado de qualidade atestando sua origem e garantindo o controle rígido de sua qualidade.

Modalidades
- Indicação de Procedência: nome geográfico (país, cidade, região ou localidade) reconhecido pela produção, fabricação ou extração de determinado produto ou serviço.

- Denominação de Origem: nome geográfico que identifica produto ou serviço dotado de características devidas, exclusivamente, ao meio geográfico (fatores naturais e humanos).

Alguns exemplos envolvendo produtos de notável qualidade, certificados e identificados com indicações geográficas, são os vinhos tintos da região de Bordeaux, os presuntos de Parma, os charutos cubanos, os queijos Roquefort, entre outros.

Nesses casos, a indicação da verdadeira origem geográfica do produto adquire a configuração de um bem, agregando valor econômico e beneficiando as pessoas estabelecidas no local de produção.

Desta forma, fortalece a organização social e concorre para o desenvolvimento sócio-econômico da região. Mas o reconhecimento da Indicação Geográfica (IG) origina-se do esforço de um grupo de produtores ou de prestadores de serviço que se organizam para defender seus produtos ou serviços, motivados por um lucro coletivo.

Outras informações sobre a Indicação Geográfica estão disponíveis no site do Ministério da Agricultura.

FONTE

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA

Revista do Agronegócio Café

Sebrae aposta na produção de café especial


O Sebrae desenvolve forte atuação nos processos de certificação dos chamados cafés especiais, como a Indicação Geográfica (IG) e a Denominação de Origem (DO). A demanda crescente por cafés especiais (certificados, orgânicos e com indicação de procedência) impulsiona preços e anima produtores do grão nas regiões cafeeiras do país. Para aprimorar os negócios do café brasileiro, principalmente nesse segmento diferenciado, o Sebrae e parceiros apostam na qualificação da cadeia, do pequeno produtor no campo ao varejo.

Nossa grande aposta são os cafés diferenciados e especiais”, enfatiza Ênio Queijada, gerente de Agronegócios da instituição. No momento, há três projetos do Sebrae examinados pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) voltados para o registro de IG: Café do Cerrado e Café da Mantiqueira (MG) e Cafés Especiais do Norte Pioneiro (PR).

Há 11 anos, o Sebrae atua na cadeia produtiva do café no país. No momento, desenvolve 19 projetos em parceria com 168 instituições em sete estados (ES, MG, PE, PR, RJ, RO e SP), abrangendo 163 municípios. Ao todo, 871 empreendimentos formais, 180 informais e 74 pessoas físicas participam dessas ações.

As micro e pequenas empresas (MPE) e empreendedores compõem a maioria dos integrantes da cadeia produtiva do café. Só no ramo da torrefação, aproximadamente 90% das empresas são de pequeno porte. Este ano, serão aplicados R$ 7,3 milhões nas iniciativas voltadas ao aprimoramento e qualificação do setor, sendo R$ 2,4 milhões do Sebrae e R$ 4,9 milhões dos parceiros.

Informações garantidas

O nicho do café especial é promissor, porém exigente, no Brasil e no exterior. O consumidor paga mais pelo café especial desde que tenha informações garantidas sobre a qualidade do produto e referências de sua origem, atributos, características, processos de produção e compromisso com a responsabilidade socioambiental.

O Brasil foi o maior produtor mundial de café no ano passado, responsável por 48 milhões de sacas, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Também foi o maior exportador, com 33 milhões de sacas. O mercado interno consumiu 19 milhões de sacas em 2010, de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic). Produtores do grão e empresários do setor estão animados, pois o preço do produto está em alta e atingiu o melhor patamar dos últimos 15 anos, incluindo os cafés especiais e commodity (comum)


FONTE

Primeira Edição

VII Simpósio de Pesquisa dos Café do Brasil


O café é base importante da economia agrícola, sendo a produção brasileira a maior no mundo, respondendo por mais de um terço da produção mundial. Em 2010, se estima que o Brasil foi responsável por 36% do volume exportado no mundo. Neste mesmo período, a produção de café representou cerca de 6,3% nas exportações do agronegócio brasileiro. A safra de 2010, com uma colheita de 48 milhões de sacas, apresenta um aumento de quase 22% em relação à safra de 2009.

Sobre o Simpósio
O evento tem o objetivo de dar conhecimento e discutir os avanços no desenvolvimento de tecnologias e produtos em prol do agronegócio café. Além da apresentação de trabalhos e da realização de mini cursos para atualização tecnológica, os participantes do VII Simpósio de Pesquisa dos Café do Brasil contarão com a presença de renomados pesquisadores e expoentes do agronegócio para a discussão de diversos temas relevantes à atualidade cafeeira.

Os Simpósios de Pesquisa dos Cafés do Brasil já fazem parte da agenda brasileira de desenvolvimento científico e tecnológico desde 2000, quando foi realizado o primeiro evento pelo Consórcio Pesquisa Café. Nessa VII edição, será realizado em Araxá-MG com o tema “Articulações em redes de pesquisa e novas fronteiras do conhecimento”, que traz a idéia de união de esforços para o avanço da cadeia do agronegócio café.

Esse ano acontecerá em Araxá-MG – 22 a 25 de agosto de 2011.

FONTE

Simpósio Café

Brasil divulgou cafés especiais em feira nos EUA



A expressão “Specialty Coffee”, que significa “Café Especial”, foi cunhada pela Sra. Erna Knutsen, tradicional importadora de cafés finos de San Francisco, CA, e uma das mentoras e fundadoras da SCAA.

Começava a primeira onda dos cafés especiais: era especial tudo o que pudesse ser diferente, exótico, que tivesse bebida de alta qualidade e que fosse fruto de um relacionamento entre produtores e comerciantes.

A primeira resposta brasileira a essa nova onda foi a fundação da BSCA ou ABCE – Associação Brasileira de Cafés Especiais. Esta entidade foi formada por um grupo de grandes fazendas, todas com estrutura empresarial, e que já desenvolviam serviços de exportação. Caso da Ipanema, que hoje já não mais faz parte da entidade, e a Agribahia.

Nos anos 90, com o surgimento das associações de cafés especiais em vários países produtores, um conceito começou a ser muito difundido: o “Estate Coffee” que significa “café de propriedade”, identificando um café que foi produzido numa fazenda específica. Em boa parte dos casos, nos vários países produtores, foram as fazendas com estrutura empresarial que aplicaram eficientemente o conceito de “Estate Coffee”, criando marcas que conquistaram clientes em diversos países consumidores. “Monte Alegre” e “La Minita” são marcas que passaram a se confundir com a própria Fazenda ou Finca.

Mas, o início de 2000 reservava uma nova onda: as Indicações Geográficas.

Com base na experiência vitoriosa dos vinhos, algumas origens produtoras de café iniciaram movimento para que fossem reconhecidas pelos atributos da bebida, que poderia se tornar um grande diferencial.

A lógica das Indicações Geográficas baseia-se em se correlacionar, inicialmente, um produto ou um serviço com uma extensão territorial demarcada.

Neste caso mais simples, que no Brasil recebeu o tratamento de Indicação de Procedência, o elemento que tem peso decisivo é o que se denomina “notoriedade”.

Para que a localidade possa receber o reconhecimento como tal deve obrigatoriamente ter construído seu nome no mercado. Por exemplo, são famosas as facas de aço inox produzidas em Sölingen, na Alemanha, os artigos de vidro multicoloridos de Murano, na Itália, ou, ainda, um café em grãos para espresso da Itália.

Como no velho ditado: “Faça a fama e deita-te na cama.”

Mas, o caso mais sofisticado é da Denominação Geográfica, que se aplica exclusivamente a produtos de origem agropecuária, pois recebem influência direta das condições geográficas de sua área de produção.

Solo, clima e varietais empregadas fazem produzir algo único!

Exemplos?

Os vinhos de Bordeaux e Champagne, da França, o vinho Tokaji, da Hungria, o queijo de Parma, da Itália, e até a cachaça de Salinas, do Brasil: cada qual possui suas características particulares.

Para completar, é necessário que o processo produtivo seja codificado, isto é, que existam normas de produção perfeitamente definidas, com parâmetros claros e especificações de produto que possam ser verificados continuamente.

A existência de um órgão controlador ou regulador também é muito importante, que institucionalize a extensão territorial, defina o processo de produção e, finalmente, garanta a qualidade e idoneidade do produto.

Casos no café?


No México temos o Café de Veracruz, que é um caso de Denominação de Origem, pois seu processo foi todo desenvolvido segundo regras do OMPI – Organização Mundial de Propriedade Intelectual.

No Brasil, há o caso do Café do Cerrado, Cerrado Mineiro, que se trata de Indicação de Procedência.

Os produtores da micro-região da Serra da Mantiqueira também estão solicitando sua Indicação de Procedência, graças aos excepcionais resultados em concursos de qualidade ao longo dos últimos anos e que alçaram o Café da Serra da Mantiqueira ao reconhecimento internacional.

A 23ª Feira da Associação Americana de Cafés Especiais foi realizada nesta quinta-feira, 28 de abril, em Houston. Estande brasileiro apresentou regiões produtoras por meio de recursos digitais, como o aplicativo para IPAD.

O uso de recursos digitais marca a nova estratégia do governo brasileiro para divulgar o café nacional. A partir desta sexta-feira, 29 de abril, o público que visitar a 23ª Feira da Associação Americana de Cafés Especiais (SCAA, na sigla em inglês), em Houston (EUA), vai conhecer mais sobre os grãos de alta qualidade do país por meio de ferramentas, como aplicativo para Ipad com informações sobre as 12 regiões produtoras. O Brasil é o país tema do evento.

O estande brasileiro, que tem apoio do Ministério da Agricultura, reuniu a diversidade de aromas e sabores do grão nacional que serão divulgados por intermédio da marca “Cafés do Brasil”. No local, também houve degustação durante os dias da feira que acontece até o dia 1º de maio, no centro de convenções George R. Brown. No local, os visitantes da feira também poderão entreter-se com outra ferramenta digital, um jogo onde o desafio é montar receitas de bebidas de café.

A abertura oficial foi realizada às 17h30 (20h30, horário de Brasília) desta quinta-feira, 28 de abril, com o discurso do diretor do Departamento do Café do Ministério da Agricultura, Robério Silva. “O Brasil pode fornecer os cafés especiais que o mercado precisa. E o país é um fornecedor importante desse tipo de café cultivado de forma sustentável”, afirma Silva.

Nesta feira vamos mostrar o quanto o Brasil amadureceu desde a última vez que foi país tema do evento do SCAA, há 11 anos. Naquela época, a produção de cafés especiais era exceção e agora é regra”, analisa Vanúsia Nogueira, diretora-executiva da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA, na sigla em inglês), entidade que está promovendo a participação brasileira no evento. Além do Ministério da Agricultura, também apoiam o estande do Brasil, a APEX-Brasil e o Sebrae.

A delegação brasileira terá mais de 500 pessoas entre produtores, torrefadores, baristas, especialistas e pesquisadores. Os participantes do Brasil incluem ainda representantes do governo, como Ministério da Agricultura e Ministério das Relações Exteriores. Nos três dias da feira da SCAA são esperadas cerca de oito mil pessoas de vários países. (Laila Muniz)

FONTE

Pantanal News

The Coffe Traveler

quarta-feira, 20 de abril de 2011

23ª Exposição Anual da Associação de Cafés Especiais da América


Evento mundial de café terá Brasil como tema - A maior feira de cafés do mundo terá o Brasil como tema. A 23ª Exposição Anual da Associação de Cafés Especiais da América (SCAA), que será realizada de 29 de abril a 1º de maio em Houston (EUA), receberá mais de 500 produtores, torrefadores, pesquisadores, exportadores, especialistas e baristas brasileiros.

O público esperado de 10 mil pessoas, incluindo participantes de países consumidores e produtores, terá a oportunidade de conhecer melhor a variedade de aromas e sabores do café brasileiro.

A cada ano, a SCAA dá destaque especial a um país e o Brasil foi escolhido para esta edição da feira. No estande brasileiro será montada uma cafeteria para degustação de cafés especiais das nove regiões produtoras do Brasil. Estarão representados os cafés de origem dos Estados de Minas Gerais, Bahia, São Paulo, Paraná e Espírito Santo.



No evento, o Brasil quer mostrar sua capacidade de oferecer um produto de qualidade, com uma produção de grãos diversificada que respeita o meio ambiente. O país é o maior produtor e exportador do mundo e vem ampliando sua participação no mercado internacional de cafés especiais ou gourmet, com grãos de alta qualidade. Em 2010, o Brasil exportou cerca de um milhão de sacas de 60 kg de cafés especiais, 15% a mais do que o ano anterior.

Paralelamente a feira, nos dias 27 e 28 de abril, acontecem debates durante o simpósio organizado pela Associação de Cafés Especiais da América. Haverá palestras com especialistas brasileiros, como Carlos Brando, da P&A International Marketing; José Francisco Pereira, da Monte Alegre Coffees; e Flávio Borém, professor da Universidade Federal de Lavras. Sustentabilidade, certificação e qualidade são alguns dos assuntos que estarão em discussão.

Também serão realizadas sessões de degustação dos Cafés do Brasil (Cupping Exchange Program) para potenciais clientes, com apresentações técnicas compostas por palestras a serem ministradas pelos profissionais Flávio Borem, Sílvio Leite e Edgard Bressani, seguidas de degustação desses cafés.

A participação brasileira no evento está sendo organizada pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA, na sigla em inglês), com apoio Ministério da Agricultura, Apex-Brasil, Sebrae e entidades representativas do setor cafeeiro.
Exportações

Em 2010, as exportações de café renderam ao Brasil US$ 5,7 bilhões, resultado recorde. A cifra representa crescimento de 34,7%, em relação ao registrado em 2009 (US$ 4,3 bilhões). Os principais destinos do produto foram os Estados Unidos, com US$ 10,7 milhões; Itália, com US$ 3,7 milhões; e Argentina, com US$ 1,7 milhão.

Saiba Mais
O Brasil é o maior produtor e exportador mundial de café. O produto é cultivado em 12 estados, o que envolve 287 mil produtores, numa área plantada de 2,2 milhões de hectares. A cadeia produtiva é responsável pela geração de mais de oito milhões de empregos.

O café especial (gourmet) precisa ter duas características básicas: ser limpo e naturalmente doce. A classificação depende do perfil do produtor, dos cuidados com a lavoura e da colheita.

Desde 1988, a Associação Americana de Cafés Especiais (SCAA) promove o maior evento de cafés especiais do mundo. A cada ano, é escolhida uma nova cidade americana. A feira tem a participação de expositores de vários países, além de produtores, exportadores, importadores, varejistas, empresários e baristas.

Roda de Aromas e Sabores - a figura da direita apresenta os principais aromas e sabores encontráveis em um café
Há uma parte expandida, onde podem ser vistas notas aromáticas em detalhe. Existem três grupos principais: os de natureza Enzimática, que são as notas mais voláteis, os oriundos da Caramelização dos Açúcares e os de natureza pirolítica ou resultantes da Destilação Seca, que são os menos voláteis.

Unidirecionais são cafés cujos sabores fazem parte, digamos, de um mesmo agrupamento. Observe que notas aromáticas de Amêndoas, Caramelo e Chocolate estão no grupo denominado Caramelização dos Açúcares, apesar de pertencerem a diferentes sub-grupos. Sutilezas à parte, estes aromas e sabores, caso estiverem presentes num café, conferem a ele características "unidirecionais" porque, afinal, têm muita similaridade entre si.

Quando surgem notas de outros grupos, por exemplo um do sub-grupo Floral do Grupo Enzimáticos como o Jasmim, que é muito semelhante ao aroma da Flor do Café, e até combinado com outro do sub-grupo das Especiarias do Grupo Destilação Seca como o Cravo, um dado café ganha contornos de maior complexidade.

Como já abordado anteriormente, há uma influência direta das condições geográficas e de processo na bebida resultante do café. É justamente a combinação desses diversos elementos que cria uma infinidade de aromas e sabores!

Para ter uma resposta ao que é melhor, se um "Blend" ou se "Origem Única", é necessário ter um outro tipo de visão.

Cada mercado possui características próprias, de forma que o perfil de consumo de país exclusivamente consumidor, como os europeus, é diferente de um país que também é produtor. Geralmente o perfil de consumo de um país produtor de café caracteriza-se pela oferta de cafés de baixa qualidade por dois prosaicos motivos: em geral os países produtores de café são pobres e a facilidade de obtenção de diferentes tipos de matéria-prima pela sua indústria é muito grande. Daí o sentimento comum de que "o melhor café é exportado", ficando o restante para o mercado interno. Neste ponto, o Brasil possui uma posição única: é o maior produtor mundial de café e caminha para em breve ser, também, o maior mercado consumidor.

Por outro lado, o que move a indústria do café é a possibilidade de sempre se oferecer um produto diferente do outro através da combinação dos sabores. Há uma justificativa científica para isso: ao menos 75% da população humana consegue perceber corretamente os diferentes aromas e sabores, com base na média do número de papilas gustativas da língua e dos sensores olfativos que ficam no nariz.

Outro elemento que tem alta relevância é o fato de que é possível se estabelecer a fidelidade do cliente em função da sensação de prazer que um conjunto de aromas e sabores pode proporcionar. Portanto, a estabilidade do produto, ou seja, que o seu aroma e sabor não varie ao longo do tempo, independentemente da entrada de novas safras, é que permite que o vínculo de afeto produto-consumidor aconteça. Uma indústria que possua alta escala e que, por isso mesmo, tem no grande varejo seu principal sistema de escoamento de produto, usualmente opta por estabelecer padrões de matéria-prima que sempre estejam ao seu alcance. No caso das indústrias do exterior, há uma lógica diferente da corrente no Brasil, pois elas têm a oportunidade de escolher cafés de diferentes origens mundiais.

Um bom "Blend" deve começar por um bom Café de Base, ou seja, aquele que será utilizado em maior escala e que, devido à sua estrutura sensorial, permite ressaltar características dos cafés de outras origens. A ele normalmente é combinado uma origem que servirá para ajustar a acidez final da bebida e uma outra que dará, digamos, o toque final de aroma e sabor que distinguirá esse novo "blend" de outros. O café brasileiro, devido à sua característica geral neutra, principalmente no caso de qualidade mediana, com baixa acidez inclusive, é o café mais empregado como essa "base". Lembre-se: grandes carros possuem excelentes chassis, e essa regra se repete na indústria do café. O café da Colômbia ou do Kenya são os mais empregados para o ajuste de acidez. Os cafés da América Central e africanos como os da Ethiopia são cafés para o toque de finalização.

Observe, no caso da grande indústria, as "Origens Únicas" são os países com suas qualidades médias, transmitindo suas principais características aos "blends".

Conforme o mercado se sofistica, incluindo-se aí o refinamento da qualidade dos cafés, isto é, empregando-se cafés de altíssima qualidade, as notas aromáticas e de sabor acabam sendo muito mais pronunciadas na xícara.
Por esta razão, é no segmento dos cafés especiais que as "Origens Únicas" de micro-regiões ou de fazendas ganham grande luz. Estes cafés, em razão de uma rara combinação de fatores, podem ser como pedras preciosas, disputadíssimos porque são raros, muitas vezes únicos. E, portanto, acabam se constituindo em "Série Limitada". Em geral são cafés de grande complexidade em suas notas de sabor e aroma e que, portanto, possibilitam inesquecíveis sensações quando experimentados. Neste caso, a Origem Única "funcionou" muito bem!

No entanto, a indústria de cafés especiais também trabalha com "blends", porém de riquíssima complexidade pois são empregados lotes de excelente qualidade. Mas, da mesma forma, os Mestres de Torra são atentos à possibilidade de um fornecimento constante e consistente, seja na qualidade, seja na quantidade. Existem diversos exemplos de maravilhosos "blends", que cativam pela experiência sensorial que provocam todas as vezes que são saboreados. É interessante observar que em algumas marcas consagradas, há uma expectativa por parte do consumidor de buscar um sabor específico ou um aroma que nos cativou. É quando se diz que o "blend funcionou muito bem."

A possibilidade de se criar composições sempre diferentes é praticamente inesgotável e é este o principal elemento de diferenciação entre as torrefações.

Pelo lado do produtor, o sentimento predominante é o de que o seu café é simplesmente... o melhor que existe. É algo paterno, que faz com que se compreenda a natural resistência em querer que seu café venha fazer parte de um "blend". Lotes de café excepcionais são como filhos brilhantes, que terão sucesso e caminharão sozinhos. Mas, entre tantos outros filhos de outros, também são raridades.

Assim, a compreensão de que cafés de altíssima qualidade podem fazer parte de grandes "blends", gerando a possibilidade de haver continuidade consistente, gera estímulo suficiente para continuar a paixão em produzir também as raridades. Mas deve ficar, por outro lado, o sentimento de que mesmo cafés de boa qualidade também são muito apreciados e procurados pelas torrefações para formar "blends" de uma faixa mais competitiva do mercado.

Portanto, para a indústria, o "Blend" é fundamental, porém existem casos em que a "Origem Única" pode ser uma excelente opção.

E um último recado: vejo muitos produtores que guardam para o seu consumo o que de pior foi produzido, até o chamado resíduo de preparo de café. Deixe um pouco do seu melhor lote para você, torrando-o com esmero e para, naturalmente, orgulhosamente oferecer aos amigos. É um prêmio para si e a demonstração de que um excelente café pode ser apreciado em sua origem...

FONTE

DCI

Cafés do Brasil

Pagina Rural

Revista Cafeicultura

Porto de Vitória: 2º maior exportador de café do país


Em março Estado exportou cerca de 1.311 contêineres com o produto - Mais de 400 bilhões de xícaras de café servidas por ano. Esse número impressionante dá uma dimensão da paixão que o café proporciona em todo o mundo. É a bebida mais consumida no Brasil, e as primeiras sementes foram plantadas em solo brasileiro por volta do século XVII, em Belém do Pará. Levada para o Rio de Janeiro em 1770, a semente de café fez aumentar a produção de grãos no país e, a partir de 1826, tornou-se o carro-chefe da economia brasileira.

O café continua, em pleno século XXI, como um dos principais produtos da balança comercial do país. No ano passado, a exportação deste grão bateu recorde histórico no Brasil, e o Espírito Santo teve grande participação neste desempenho. De uma receita total de US$ 5,6 bilhões do produto exportado pelo país, mais de 10% (US$ 583 milhões) saíram pelo Porto de Vitória. Este montante financeiro é superior em US$ 71 milhões ao valor alcançado em 2009.

Segundo dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) a exportação do café brasileiro teve no ano passado o maior volume dos últimos cinco anos, chegando a 33.002.244 de sacas de 60 kg.


 Porto de Vitória é o principal terminal de transporte marítimo da cidade de Vitória, capital do Espírito Santo. As instalações para cargas diversificadas estão distribuídas em ambos os lados da bahia de Vitória, ocupando parte da cidade de vitória e do município de Vila velha. Um total de 295.562 sacas de café foi exportado pelo Porto de Vitória/ES...
O Porto de Vitória responde por 13,4% desta fatia, ou seja, 4.432.982 sacas de café, ficando atrás apenas do Porto de Santos.

A quantidade exportada pelo país, de acordo com o Cecafé, superou a previsão inicial que era de 31 milhões de sacas. "Entre os fatores que contribuíram para este crescimento estão a redução da produção em países como a Colômbia, em função de fatores climáticos, o aumento do consumo e a elevação da demanda mundial", disse o diretor geral do Cecafé, Guilherme Braga, segundo nota da entidade.

Para 2011, segundo o Cecafé, o volume exportado deverá diminuir por conta da bienalidade da cultura, ou seja, o ano de safra maior é seguido por outro de colheita menor. Os embarques são estimados entre 29 milhões e 30 milhões de sacas. (Fonte: portal IG)

Primeiro trimestre supera expectativas

Apesar da previsão de baixa na quantidade exportada para 2011, o volume da exportação brasileira de café no primeiro trimestre deste ano totalizou 8,2 milhões de sacas, representando aumento de 11% em relação ao mesmo período do ano anterior (7,4 milhões de sacas).

No primeiro trimestre, a receita cambial foi de US$ 1,8 bilhão, representando aumento de 61% em comparação com o mesmo período do ano passado (US$ 1,1 bilhão).

O embarque do produto nos três primeiros meses do ano foram realizados principalmente pelo Porto de Santos, que escoou 6.529.262 sacas (79,6 % do total). O Porto de Vitória (ES) foi responsável pelo embarque de 968.033 sacas (11,8%), seguido pelo do Rio de Janeiro que teve 519.920 sacas embarcadas (6,3%).

O mês de março foi o responsável por alavancar as exportações do setor cafeeiro no Espírito Santo. Um total de 419.411 sacas de café saiu pelo Porto de Vitória, o que representa um aumento de 39,2% em relação às exportações do mês anterior. Foram exportados 1.311 contêineres com o produto, segundo dados do relatório mensal Centro do Comércio de Café de Vitória (CCCV).

FONTE

Eshoje

Agrocim

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Segredos para um bom café


Já bebeu o seu café hoje?
Hoje comemoramos o Dia Mundial do Café.
Eu já tomei vários dos quais eu me dou o direito =)

Segundo o Pedro Valente
http://meme.yahoo.com/pedrovalente/p/l2Hrwzb

"Eu sou consumidor assíduo de café! Depois do vinho, é a bebida que mais aprecio. Mas quando vou a casas de amigos, percebo que muitos cometem erros básicos na hora de preparar o café, o que acaba comprometendo o seu sabor. Daí, pra reparar o gosto amargo, metem açúcar!


Por isso, separei algumas dicas muito úteis na hora de fazer um bom café. Veja só:

Temperatura da água

Não use água fervente na preparação do café! A água nesse estado escalda o café, modificando seu sabor e aroma. Quando a água começar a borbulhar sutilmente, desligue o fogo. A temperatura ideal da água para fazer o café é de 90° C.

Não use água da torneira

A água utilizada deve ser filtrada ou mineral. Além de afetar a saúde, o cloro encontrado na água de torneira pode alterar o sabor do café.

Não mexa o café na hora de coar

Não se deve mexer o pó no filtro. Muita gente faz isso com o intuito de que o café seja coado mais rapidamente, mas o contato com a colher neste momento pode alterar o sabor do café, além de correr o risco de rasgar o filtro, se ele for de papel. Despeje a água lentamente, em fio, exatamente no centro do filtro. Paciência é tudo!

Abaixo o açúcar!

O bom café não precisa ser adoçado. Misturá-lo com os outros componetes altera suas característcias e ele perde muito do seu sabor. Claro que é necessário preparar bem o paladar para tomar café sem açúcar, então a dica é diminuir a quantidade aos poucos. Assim, você poderá comprovar a qualidade do produto que tem consumido.

Café requentado NÃO

Isso não é um erro, é um pecado! Altera totalmente o sabor e corta o clima de frescor que deve ter um bom café. Prepare apenas a quantidade que será consumida imediatamente. Se sobrar, escolha uma receita que vá café frio, como batidas e doces, e só assim então reaproveite o seu café!"


Segredos para um bom café

Café, expresso, cimbalino, bica, italiana, curto, comprido, normal, cortado, com açúcar ou adoçante, o que os apreciadores gostam mesmo é sem aditivos. E não há cafés grátis, desenganem-se, nem quinta-feira que é o Dia Internacional do Café.

O JN foi à rua saber de que café gostam os portuenses e ao que parece os cafés serão como os chapéus: há de muito tipo e para todos os gostos. "As pessoas mais velhas gostam mais dos compridos, talvez por achar que fazem menos mal do que os curtos", contou Hélder Rocha, empregado de balcão há 13 anos, num café da Baixa do Porto. "Os mais novos preferem os cafés curtos e pouco aquecidos", acrescenta, que a vida deve parecer comprida a quem a quer viver rápido.

São muitos os cafés servidos naquela que foi possível determinar como sendo a hora de ponta da toma do café, pelo menos, na cidade do Porto. Entre as 13h30 e as 14h30, geralmente em grupo, que o café mais do que um vício é uma forma de convívio. "Não é só pelo café que vêm... É para estarem uns com os outros", afiança Hélder Rocha, há anos a registar hábitos de café a partir do "Cancela Velha".

Pedro Brito, gerente do "Guarany" partilha da constatação. "O café é uma desculpa para as pessoas se reunirem", disse ao JN, convicto de que há na cidade "uma cultura do café". Já Susana Pinto, funcionária do "Vício do Café", diz distinguir facilmente os verdadeiros viciados: não usam açúcar e identificam qualquer alteração do sabor, por ténue que pareça ao mais incauto bebedor de café.

E depois há as ruas que cheiram a café e gente que devia ser justamente compensada por disseminar esse mesmo cheiro embrulhado em cartuchos pelos cantos da cidade, pelos transportes e locais de trabalho, por onde passam até ao destino final. As casas onde o café ainda se vê, em pó e em grão, onde ainda se bebe passado por filtros de papel ou saído das máquinas expresso tradicionais.

Como Noelma Ferreira, de 64 anos, que não dispensa um bom café, mas que recusa sair de casa para o tomar. Compra-o em pó na "Sanzala", onde mais do que com o cheiro, a mimam com a garantia da saberem os seus gostos. Como antecipam também o gosto de Ângelo Podêncio, que vindo de Bragança pára na "Sanzala" por café e rebuçados.

Também na casa Cristina se prepara café, ouvidos, interpretados e entendidos os gostos dos clientes. Saber dar de beber bom café é uma arte, assegura Olívia Marques.

**Segredos para um bom café

por Maria Cláudia Monteiro


FONTE

Jornal de Notícias

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Bolsa Oficial de Café: Patrimônio Nacional


Santos recebe exposição Bolsa do Café: Patrimônio Nacional -Exposição retrata símbolo do ciclo econômico do café no Brasil

O café chegou ao Brasil em 1727 trazido pelo Sargento-Mor Francisco de Mello Palheta, oriundo da Guiana Francesa, a pedido do governador do Maranhão e Grão Pará, que o enviara para lá especificamente com essa missão. Ele não imaginava que estava trazendo consigo o que viria a ser uma das mais tradicionais e importantes bebidas nacionais.

Anos mais tarde o café emergiu para a posição de produto-base da economia brasileira. Desenvolveu-se com total independência, ou seja, apenas com recursos nacionais, sendo, afinal, a primeira realização exclusivamente brasileira que visou à produção de riquezas.

Os barões do café impulsionaram o mercado de arte brasileiro. O dinheiro vindo das plantações financiou a produção de retratos, que até então era exclusividade dos senhores de engenho e da borracha. Estes estimulavam as artes ao encomendar obras para suas coleções particulares e usavam seu prestígio para que os artistas alcançassem financiamentos e bolsas para desenvolver seus estudos no exterior.

De 31 mar 2011 - 22 jul 2011 A história de um palácio construído para ser a capital mundial dos negócios do café. Esse é o tema da exposição “Bolsa de Café: Patrimônio Nacional”, que por meio de um minucioso trabalho de pesquisa desvenda os detalhes da edificação que se tornou o símbolo de um dos mais importantes ciclos econômicos do Brasil.
Edifício da Bolsa Oficial de Café foi construído para ser a capital mundial dos negócios do café. Exposição revela representatividade histórica, artística e cultural da construção que é tombada pelo patrimônio nacional

A história de um palácio construído para ser a capital mundial dos negócios do café. Esse é o tema da exposição “Bolsa de Café: Patrimônio Nacional”, que por meio de um minucioso trabalho de pesquisa desvenda os detalhes da edificação inaugurada em 1922, e que se tornou o símbolo de um dos mais importantes ciclos econômicos do Brasil.

A mostra, que fica em cartaz até 22 de julho, será inaugurada em 31 de março, às 19h, no Museu do Café – instituição da Secretaria de Estado da Cultura –, com a presença de figuras representativas do mercado cafeeiro nacional e autoridades políticas do Estado de São Paulo.

A construção da Bolsa Oficial de Café por um lado atendeu à necessidade de centralizar e sistematizar os negócios de café, por outro, teve também papel propagandístico, difundindo a riqueza do Estado de São Paulo que se desenvolvia no compasso do café. Inaugurada em 07 de setembro de 1922, como parte das celebrações do centenário da independência do Brasil, a suntuosidade do edifício, suas cúpulas, esculturas, vitrais, mosaicos de mármore, entre tantos outros detalhes, traduzem o visual da riqueza e prosperidade do ciclo cafeeiro do País.

Após a crise de 1929, que atingiu de forma contundente a cafeicultura nacional, o edifício teve sua importância no cenário econômico diminuída, fazendo com que a suas operações fossem interrompidas em 1933 e novamente em 1957.

Em 1998, o edifício foi finalmente reaberto, passou a abrigar o Museu do Café, e se consolidou com um dos vetores de maior importância no processo de revitalização do Centro Histórico de Santos.

Tendo como ponto de partida a contextualização do mercado cafeeiro à época e a representatividade mundial do edifício, durante e após seu período de operação, os arquitetos Gino Caldatto e Jaqueline Fernández – também autores do livro “O Palácio do Café” (Magma Cultural e Editora, 2004) – assinam a curadoria da exposição.

Organizada em pavilhões que contemplam aspectos históricos, artísticos, cognitivos e imateriais, a mostra lança mão de documentos, fotografias e objetos para sobrepor passado e presente, evidenciando ao visitante a posição do edifício enquanto testemunha de intensas transformações da cidade de Santos, do estado de São Paulo e do País. Um exemplo é contemplar uma imagem do porto de Santos no final do século XIX e, em seguida, de uma das varandas do edifício, observar o maior porto da América Latina.

Um dos principais destaques da mostra é uma estrutura cilíndrica de 4m de diâmetro por 2,5m de altura em que o visitante é convidado a entrar para conhecer os quatro guardiões da torre do edifício. As esculturas, obras do belga Henri Van Emelen, estão localizadas a mais de 40m de altura, voltadas aos pontos cardeais, e representam a Agricultura, o Comércio, os Navegantes e a Indústria. Na exposição, as imagens reproduzidas em grande dimensão revelam detalhes ainda inéditos mesmo ao mais atencioso visitante.

Benedito Calixto de Jesus - Rampa do Porto do Bispo em Santos, 1900

Na cidade de Santos, no início do século XX, ficava o centro das negociações com café, onde foi criada a Bolsa do Café, na época, a maior praça cafeeira do planeta. Tal qualidade permitiu a criação do café tipo Santos.

O destaque às obras de Emelen dialoga com o painel “Os artistas da Bolsa”, com aproximadamente 10m de comprimento. Entre os nomes citados, está o do pintor, desenhista, professor, historiador e astrônomo amador brasileiro Benedito Calixto de Jesus, cujo trípitco formado pelas obras “A fundação da Vila de Santos - 1545”, “Porto de Santos em 1822” e “Porto de Santos em 1922” decoram o Salão do Pregão, local onde eram realizadas as negociações que definiam as cotações diárias das sacas de café.

Há ainda espaço para outros artistas que deixaram seus trabalhos registrados no edifício, como Antônio e José Longobardi, Antonio Sartório e Giusti, e Conrado Sorgenicht.

A exposição ainda apresenta os esforços para construção do edifício em Santos que representasse a riqueza do ciclo econômico do café, sua implantação em localização privilegiada, a feição escolhida e seus diferentes usos ao longo dos anos.

A relação afetiva da cidade com um de seus edifícios-símbolo e principal cartão-postal do Centro Histórico da cidade também é abordada, bem como o tombamento do prédio nas esferas municipal, estadual e federal. Há ainda espaço para o tratamento da memória imaterial do café, evidenciando o estímulo dos sentidos por meio do café, as memórias despertadas pelo cheiro e sabor da bebida.

O Museu do Café fica à rua XV de Novembro, 95, no Centro Histórico de Santos. Seu horário de funcionamento é de terça a sábado, das 9h às 17, e aos domingos entre 10h e 17h. Os ingressos para visitação custam R$ 5, estudantes e pessoas acima de 60 anos pagam meia-entrada. Já a Cafeteria do Museu funciona de segunda a sábado, das 8h às 18h, e aos domingos entre 10h e 18h.

Exposição Bolsa do Café: Patrimônio Nacional
Abertura: 31 de março (quinta-feira)
Horário: 19h
Preço: Grátis
Local: Museu do Café
Endereço: Rua XV de Novembro, 95, Centro Histórico, Santos/SP
Obs.: Em cartaz até 22 de julho.
De terça a sábado das 9h às 17h, domingos entre 10h e 17h.
Ingressos R$ 5.

FONTE

Museu do Café

ComidaehArte

Exportações brasileiras de café crescem 61%


O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) investiu R$ 3 milhões, em 2010, no incentivo às exportações e ao consumo do café nacional nos mercados interno e externo. Os recursos, do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), foram aplicados em simpósios, concursos de qualidade, programas de degustação e na participação em feiras internacionais. Pelo quarto ano consecutivo, o ministério apoia o estande brasileiro em feiras internacionais direcionadas aos cafés especiais.

Em 2010, o governo promoveu a participação do setor cafeeiro nas exposições de Anaheim (EUA), Londres (Inglaterra) e Tóquio (Japão), que têm como público produtores, exportadores, importadores, varejistas, baristas, além de consumidores locais. “Esses países são grandes consumidores da bebida. Os norte-americanos, por exemplo, são os maiores compradores e os japoneses ocupam a quarta posição no ranking mundial”, informa Cláudia Marinelli, coordenadora-geral de Planejamento e Estratégias do Departamento do Café do Ministério da Agricultura. Os estandes foram montados em parceria com a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), por meio de convênio.

Outra ação de incentivo ao consumo da bebida é o programa de degustação de café solúvel, que recebe recursos do Funcafé desde 2006. A iniciativa coordenada pela Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (ABICS) prevê contatos com as redes varejistas de outros países, montagem de balcão para degustação, treinamento de promotores de vendas e contratação de supervisores para abastecimento das lojas em que a ação é desenvolvida.

Em 2010, o programa levou o produto brasileiro a 83 estabelecimentos das quatro maiores redes de supermercado do Chile e Uruguai, onde há preferência pelo café solúvel. No Chile, 95% do café consumido é solúvel. “O objetivo do programa é divulgar o produto aos consumidores internacionais para ampliar e consolidar mercados”, explica a coordenadora. Entre julho e outubro, foram consumidos 200 mil copos ou 400 kg de café e vendidos 28 mil kg do produto.

Os concursos de qualidade também tiveram apoio governamental. Sete competições em São Paulo, Paraná, Bahia e Rio de Janeiro foram realizadas com investimentos do Ministério da Agricultura. De acordo com Cláudia Marinelli, esses concursos são um estímulo a que o produtor invista mais na qualidade e na sustentabilidade da lavoura, o que acaba beneficiando também os apreciadores de café. O Funcafé repassou ainda recursos para organização de exposições, seminários e simpósios nas principais regiões produtoras do grão.
Exportações e produção
De janeiro a novembro de 2010, a receita com as exportações de café alcançaram US$ 5 bilhões, mais do que o arrecadado durante todo o ano passado (US$ 4,3 bilhões). Nos últimos quatro anos, o valor dos embarques do produto cresceu 54%, passando de US$ 3,3 bilhões, em 2006 para US$ 4,3 bilhões, em 2009. A produção em 2010 deve atingir 48 milhões de sacas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Em 2011 as exportações brasileiras de café alcançaram no primeiro trimestre do ano US$ 1,861 bilhão, número superior em 61% ao do mesmo período do ano passado, informou ontem a Cecafé.

Em termos de volume, o Brasil vendeu para o exterior 8,2 milhões de sacos de 60 quilos nos três primeiros meses deste ano, 11% a mais que no período de referência, assinalou o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).

Em março, as vendas do grão somaram US$ 647,5 milhões, que representam um avanço de 55,2% frente ao mesmo mês do ano passado.

As exportações de março foram de 2,69 milhões de sacos, o que supõe um crescimento de 1,3% em relação a março de 2010.

No mês passado o café, registrou negócios de US$ 647 milhões no mercado exterior. O ritmo de exportações do produto é tão veloz, que as receitas totais deste ano podem superar US$ 6 bilhões no mercado externo.

Para o diretor-geral da Cecafé, Guilherme Braga, "os preços irão se manter nos níveis atuais ao longo deste ano porque há um equilíbrio entre o consumo e a produção".

No primeiro trimestre, os Estados Unidos foram o principal consumidor do café brasileiro, com 1,66 milhão de sacos, 32,61% a mais que os comprados nos mesmos meses do ano anterior.

A Alemanha, segunda na lista de compradores do grão brasileiro, adquiriu entre janeiro e março 1,59 milhão de sacos, 7,82% a mais que no primeiro trimestre de 2010.
FONTE

DCI

agrolink

sábado, 2 de abril de 2011

8º Circuito de Outono - Café, Cachaça e Chorinho 2011

De 1 a 10 de abril, em 13 municípios da região do Vale do Café fluminense

Comidas típicas, cachaças e cafés da região, shows de chorinho, exposições históricas, aulas de dança, oficinas e workshops, palestras, exibição de filmes, compõem a ampla programação do 8º Circuito de Outono – Café, Cachaça e Chorinho 2011.

Entre os dias 1 a 10 de abril, 13 municípios da região do Rio de Janeiro recebe o 8º Circuito de Outono - Café, Cachaça e Chorinho 2011. Média de público esperada, gira em torno de 10 mil pessoas.

Buscando divulgar e ressaltar a importância de alguns produtos para o local, a região do Vale do Café Fluminense receberá um evento. Entre as atrações principais do evento está a oportunidade de fazer o visitante compreender os cenários gastronômicos do século 19, desde os alambiques até as produções de cafés. São esperados para o evento cerca de dez mil pessoas.

O evento está distribuído por cerca de 40 espaços, hotéis, pousadas, centros culturais, fazendas históricas, restaurantes e praças públicas dos municípios do Vale do Café (Barra do Piraí, Barra Mansa, Engenheiro Paulo de Frontin, Mendes, Miguel Pereira, Paracambi, Paty de Alferes, Pinheiral, Piraí, Rio das Flores, Valença (Conservatória e Ipiabas), Vassouras e Volta Redonda).

A programação levará os visitantes a uma viagem gastronômica em meio aos cenários das fazendas históricas e vilas do século XIX, com visitas guiadas, atrações pré-agendadas e outras em praças públicas. Segundo o presidente Conselho de Turismo da Região do Vale do Café, o Conciclo, Paulo Roberto dos Santos, uma oportunidade única para conhecer, por exemplo, a tradição dos alambiques produtores de cachaça, as feijoadas, os costumes, o folclore e o artesanato locais.



Será possível, por exemplo, visitar alambiques em Barra do Piraí, comer uma feijoada e participar de degustação de drinks com cachaça em Barra Mansa, assistir a show com Nilze Carvalho e Pedro Miranda em Mendes, participar de workshops e aprender técnicas sobre degustação de café em Miguel Pereira, levar a criançada para programação infantil em Paty do Alferes e Vassouras, conhecer caipirinhas exóticas e orgânicas em Valença, participar da Noite de Valsa, com Hélio Delmiro, Sérgio e Magro (MPB4), em Conservatória, aprender dança de salão e culinária em Vassouras.

A programação, explica Paulo Roberto, foi estruturada para permitir ao visitante conhecer os três eixos principais do turismo da região: o café, a cachaça e o chorinho, de forma múltipla: “São opções variadas, que respeitam as características de cada um dos municípios e distritos. A diversidade é uma marca da região, acompanhada por uma forte tradição desde os tempos coloniais, o que lhe dá uma identidade única no país.

Programação em Conservatoria do Café Cachaça e Chorinho 01/04 ate 10/04/2011

  • Hotel Fazenda Florença
Endereço: Estrada da Cachoeira, 1560
Tel: (24) 24380124 - (24) 24381195
  • 02/04 e 09/04
17h30 Agendar Sarau com visita a casa sede
  • 02,03/04 e 09,10/04
12h Agendar Almoço de fazenda com cachaça de alambique

  • Praça da Matriz
Data Hora Como Participar Evento
  • 01/04
18h Gratuito Feira de Artesanato e venda de produtos regionais
20h30 Gratuito Apresentação musical - Coral Jose Borges
  • Grupo Conservatória Meu Amor e Integrando
23h Gratuito Serenata
  • 02/04
09h Gratuito Feira de Artesanato e venda de produtos regionais
  • Sarau com seresteiro Quinane
11h Gratuito Chorinho na Matriz
12h Vendas antecipadas Feijoada e petiscos na Barraca da Silinha
20h30 Gratuito Coral Vozes de Conservatória e Juliana e amigos
23h Gratuito Serenata
  • 03/04
09h Gratuito Feira de Artesanato e venda de produtos regionais
  • 08/04
18h Gratuito Feira de Artesanato e venda de produtos regionais
20h30 Gratuito IX Noite da Valsa - Helio Del Miro, Sergio Nader e Magro (MPB4)
23h Gratuito Serenata
  • 09/04
09h Gratuito Feira de Artesanato e venda de produtos regionais

Gratuito Sarau com seresteiro Quinane
11h Gratuito Chorinho na Matriz
12h Vendas antecipadas Feijoada e petiscos na Barraca da Silinha
20h30 Gratuito IX Noite da Valsa - Helio Del Miro, Sergio Nader e Magro (MPB4)
23h Gratuito Serenata
  • 10/04
09h Gratuito Feira de Artesanato e venda de produtos regionais

  • Desfile no Centro Histórico
Saindo da Antiga Estação Ferroviária
  • 02/04
16h Gratuito Desfile de Carruagens com trajes de época
  • 09/04
16h Desfile de Carruagens com trajes de época

  • Calçada da Arte
Endereço: Em frente a Antiga Estação Ferroviária
  • 02/04
19h Gratuito Exibição do Filme - ¨Escrava Anastácia¨
  • 09/04
19h Gratuito Exibição do Filme - ¨Escrava Anastácia¨

  • Restaurante Gema da Roça
Endereço: Rodovia Canção do Amor, 13099
Tel:24 24382327 - 24 81441962
01/04 a 03/04 Almoço especial com degustaçao de cachaças do Vale
08/04 a 10/04 Almoço especial com degustaçao de cachaças do Vale

Eventos permanentes de Conservatoria

  • Serenoite
Todas as 6as. e sábados, de 21h às 23h
Local - Travessa Geralda Fonseca (Rua da Seresta/Beco da Felizarda)

  • Evento ao ar livre, com a boa música brasileira instrumental e cantada (chorinho, samba, samba-canção).
Participantes efetivos:
- Carlito (violão)
- Ronaldinho (cavaquinho)
- Nelson (violão)
- Zé Luiz (ritmo)
- Sorriso (percussão e voz)
- Inalda (voz)
- Zé Roberto (voz)

  • Serenata ao Luar
sextas e sábados a partir das 23h

  • Solarata
A solarata (serenata durante o dia) todo domingo de 10h30 até 12h na Travessa Geralda Fonseca.

¨&¨&COMO CHEGAR &¨&¨


Clique sobre o Mapa para ampliá-lo

Realização: Conciclo (Conselho de Turismo da Região do Vale do Café)

FONTE

Café, Cachaça e Chorinho

Aplicativo para IPhone imita máquina de café


Imita máquina de café e ensina a preparar a tradicional bebida - O download do aplicativo custa US$ 0,99

Com os avanços impressionantes da tecnologia, a informação e o conhecimento tornam-se cada vez mais acessíveis a todos nós. Diante deste quadro, até mesmo assuntos mais corriqueiros do dia a dia, como a teoricamente simples tarefa de fazer um café, ganham complexidade e podem ser explorados a fundo buscando novas experiências.

Pensando nisso, uma empresa norte-americana lançou o SPRO, um aplicativo para Iphone que traz uma série de dicas e curiosidades sobre a preparação de café. Vendido por US$ 0,99 na loja da Apple, o SPRO ensina novas receitas, indica o passo-a-passo na preparação, traz curiosidades sobre a bebida e até mesmo assuntos históricos referentes ao café.

Ao navegar pelo aplicativo, o usuário tem a sensação de estar manipulando uma máquina de verdade...

Com um design bonito e clássico, com cores relacionadas ao tema, o SPRO imita uma máquina de café, e os usuários apertam botões como se realmente estivessem preparando a sua bebida.

O objetivo, além de entreter as pessoas, é fazer com que os menos experientes no preparo de café possam utilizar o aplicativo a qualquer momento, seja para preparar a sua bebida no dia a dia ou como "salva vidas" na hora de receber aquela importante visita.


FONTE

Revista Adega