O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) investiu R$ 3 milhões, em 2010, no incentivo às exportações e ao consumo do café nacional nos mercados interno e externo. Os recursos, do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), foram aplicados em simpósios, concursos de qualidade, programas de degustação e na participação em feiras internacionais. Pelo quarto ano consecutivo, o ministério apoia o estande brasileiro em feiras internacionais direcionadas aos cafés especiais.
Em 2010, o governo promoveu a participação do setor cafeeiro nas exposições de Anaheim (EUA), Londres (Inglaterra) e Tóquio (Japão), que têm como público produtores, exportadores, importadores, varejistas, baristas, além de consumidores locais. “Esses países são grandes consumidores da bebida. Os norte-americanos, por exemplo, são os maiores compradores e os japoneses ocupam a quarta posição no ranking mundial”, informa Cláudia Marinelli, coordenadora-geral de Planejamento e Estratégias do Departamento do Café do Ministério da Agricultura. Os estandes foram montados em parceria com a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), por meio de convênio.
Outra ação de incentivo ao consumo da bebida é o programa de degustação de café solúvel, que recebe recursos do Funcafé desde 2006. A iniciativa coordenada pela Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (ABICS) prevê contatos com as redes varejistas de outros países, montagem de balcão para degustação, treinamento de promotores de vendas e contratação de supervisores para abastecimento das lojas em que a ação é desenvolvida.
Em 2010, o programa levou o produto brasileiro a 83 estabelecimentos das quatro maiores redes de supermercado do Chile e Uruguai, onde há preferência pelo café solúvel. No Chile, 95% do café consumido é solúvel. “O objetivo do programa é divulgar o produto aos consumidores internacionais para ampliar e consolidar mercados”, explica a coordenadora. Entre julho e outubro, foram consumidos 200 mil copos ou 400 kg de café e vendidos 28 mil kg do produto.
Os concursos de qualidade também tiveram apoio governamental. Sete competições em São Paulo, Paraná, Bahia e Rio de Janeiro foram realizadas com investimentos do Ministério da Agricultura. De acordo com Cláudia Marinelli, esses concursos são um estímulo a que o produtor invista mais na qualidade e na sustentabilidade da lavoura, o que acaba beneficiando também os apreciadores de café. O Funcafé repassou ainda recursos para organização de exposições, seminários e simpósios nas principais regiões produtoras do grão.
Exportações e produção
De janeiro a novembro de 2010, a receita com as exportações de café alcançaram US$ 5 bilhões, mais do que o arrecadado durante todo o ano passado (US$ 4,3 bilhões). Nos últimos quatro anos, o valor dos embarques do produto cresceu 54%, passando de US$ 3,3 bilhões, em 2006 para US$ 4,3 bilhões, em 2009. A produção em 2010 deve atingir 48 milhões de sacas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Em 2011 as exportações brasileiras de café alcançaram no primeiro trimestre do ano US$ 1,861 bilhão, número superior em 61% ao do mesmo período do ano passado, informou ontem a Cecafé.
Em termos de volume, o Brasil vendeu para o exterior 8,2 milhões de sacos de 60 quilos nos três primeiros meses deste ano, 11% a mais que no período de referência, assinalou o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
Em março, as vendas do grão somaram US$ 647,5 milhões, que representam um avanço de 55,2% frente ao mesmo mês do ano passado.
As exportações de março foram de 2,69 milhões de sacos, o que supõe um crescimento de 1,3% em relação a março de 2010.
No mês passado o café, registrou negócios de US$ 647 milhões no mercado exterior. O ritmo de exportações do produto é tão veloz, que as receitas totais deste ano podem superar US$ 6 bilhões no mercado externo.
Para o diretor-geral da Cecafé, Guilherme Braga, "os preços irão se manter nos níveis atuais ao longo deste ano porque há um equilíbrio entre o consumo e a produção".
No primeiro trimestre, os Estados Unidos foram o principal consumidor do café brasileiro, com 1,66 milhão de sacos, 32,61% a mais que os comprados nos mesmos meses do ano anterior.
A Alemanha, segunda na lista de compradores do grão brasileiro, adquiriu entre janeiro e março 1,59 milhão de sacos, 7,82% a mais que no primeiro trimestre de 2010.
FONTE
DCI
agrolink
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