O Sebrae desenvolve forte atuação nos processos de certificação dos chamados cafés especiais, como a Indicação Geográfica (IG) e a Denominação de Origem (DO). A demanda crescente por cafés especiais (certificados, orgânicos e com indicação de procedência) impulsiona preços e anima produtores do grão nas regiões cafeeiras do país. Para aprimorar os negócios do café brasileiro, principalmente nesse segmento diferenciado, o Sebrae e parceiros apostam na qualificação da cadeia, do pequeno produtor no campo ao varejo.
“Nossa grande aposta são os cafés diferenciados e especiais”, enfatiza Ênio Queijada, gerente de Agronegócios da instituição. No momento, há três projetos do Sebrae examinados pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) voltados para o registro de IG: Café do Cerrado e Café da Mantiqueira (MG) e Cafés Especiais do Norte Pioneiro (PR).
Há 11 anos, o Sebrae atua na cadeia produtiva do café no país. No momento, desenvolve 19 projetos em parceria com 168 instituições em sete estados (ES, MG, PE, PR, RJ, RO e SP), abrangendo 163 municípios. Ao todo, 871 empreendimentos formais, 180 informais e 74 pessoas físicas participam dessas ações.
As micro e pequenas empresas (MPE) e empreendedores compõem a maioria dos integrantes da cadeia produtiva do café. Só no ramo da torrefação, aproximadamente 90% das empresas são de pequeno porte. Este ano, serão aplicados R$ 7,3 milhões nas iniciativas voltadas ao aprimoramento e qualificação do setor, sendo R$ 2,4 milhões do Sebrae e R$ 4,9 milhões dos parceiros.
Informações garantidas
O nicho do café especial é promissor, porém exigente, no Brasil e no exterior. O consumidor paga mais pelo café especial desde que tenha informações garantidas sobre a qualidade do produto e referências de sua origem, atributos, características, processos de produção e compromisso com a responsabilidade socioambiental.
O Brasil foi o maior produtor mundial de café no ano passado, responsável por 48 milhões de sacas, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Também foi o maior exportador, com 33 milhões de sacas. O mercado interno consumiu 19 milhões de sacas em 2010, de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic). Produtores do grão e empresários do setor estão animados, pois o preço do produto está em alta e atingiu o melhor patamar dos últimos 15 anos, incluindo os cafés especiais e commodity (comum)
FONTE
Primeira Edição
Nenhum comentário:
Postar um comentário