O cultivo de café é um processo que exige tempo e recurso. Aproximadamente 100 milhões de pessoas no mundo trabalham em atividades ligadas ao café. A Fazenda Lambari é uma das fazendas Utz Kapeh de onde a Casa do Café Friele compra o grão de café. A Friele compra anualmente seis milhões de quilos de grãos de café do Brasil dos quais pouco mais de 25% são de marca Utz Kapeh.
Na Kaffehuset Friele os provadores testam o café diariamente às 11h30. Eles decidem em conjunto a proporção de mistura na produção do dia , e testam novos lotes de café que chegaram. Essa função não pode ser feita por máquinas, é exigido um senso de sabor aguçado adquirido através de muitos anos de treinamento, capaz de identificar o mínimo desvio do controle de qualidade.
A História do café norueguês
O café tornou-se conhecido pela primeira vez na Noruega no século XVII, mas o verdadeiro surgimento do produto aconteceu entre os anos de 1840 a 1850. Antes desse período, o café era um produto muito raro e muito caro.
O crescimento do consumo em meados do século XIX deveu-se a diminuição dos preços. A produção mundial do café aumentou drasticamente, especialmente após novos produtores de café, como o Brasil e Java começarem a produzir grande quantidade de café. A considerável redução da taxa de importação em 1939 gerou preços baixos no mercado.
O consumo do café espalhou-se por todo o país, se antes era uma bebida para ricos, passou agora a ser uma bebida para todos. O aumento no consumo de café esteve relacionado com as inúmeras campanhas contra consumo de aguardente. O café foi bem aceito como um substituto do aguardente, mesmo sendo o café de "forma saudável" ou café avec.
O café era conhecido como o petróleo social na Europa, onde era consumido com frequência nas grandes casas de café. Na Noruega ao contrário, o café era preparado e bebido em casa. Provavelmente essa diferença pode ter sido devido ao povoamento espalhado neste país.
A história de Friele
Em 1799 o capitão de navio Herman Friele (I) decidiu trabalhar com comércio em terra. Assim, comprou a propriedade Steinkjelleren em Bergen e estabeleceu um negócio de secos e molhados, que posteriormente foi ampliadado e se tornou um abrangente mercado ao atacado.
1835
O caçula dos dezoitos filhos de Herman, Berent Friele (I) de 25 anos, assumiu os negócios depois de seu pai. Friele passou a representar 14% da importação de café para Bergen. Berent Friele foi pioneiro da importação direta de café do Brasil.
1861
O filho de Berent, Herman Friele (II), tornou-se sócio da companhia, que agora era chamada B. Friele & Filhos. A importação de café cresceu consideravelmente e em 1864 cada quinta xícara de café que era consumida em Bergen provinha da empresa Friele. No final do século XIX a empresa tornou-se uma das maiores casas de comércio da cidade.
1892
B. Friele & Filhos estabeleceram a torrefação de café mecânica, dando assim início à venda de café moído.
1899
A empresa completou os primeiros 100 anos como uma das mais importantes empresas grossistas de Bergen. No mesmo ano foi assinado um contrato de interesses para assegurar a posição futura da empresa, evitando desagregações na partilha do patrimônio, entre outras coisas. Os filhos de Herman Friele (II), Berent (II) e Herman (III), tornaram-se sócios.
1911
A empresa B. Friele & Filhos tornou-se sociedade anônima com 300 000 coroas em capital social.
1914
A Primeira Guerra Mundial marcou o início de um longo período de luta em contravento para Friele. As restrições de importação e racionamento do café caracterizou o longo período que se estende até a Segunda Guerra Mundial.
1937
Friele contruiu nova máquina de torrefação de café e um armazém grossista, e tornou-se proprietário da mais moderna empresa de torrefação de café da época.
1946
Friele (IV) criou, a partir deste ano, a idéia de um fundamento para a posterior especialização dentro do ramo de produção de café, através da procura sistemática de conhecimento, em suas viagens para o Brasil e Estados Unidos, entre outros países. Durante o período de 1960 a 1966 Friele reduziu as atividades grossistas. Em 1966 a atividade foi encerrada. A partir de então, Friele concentrou-se no exercício da produção de café.
1960
As restrições na importação de café foram abolidas. Friele estava bem preparado, e baseou-se em novos produtos e comercialização ofensiva. O café tornou-se o principal setor de atuação, ao mesmo tempo em que outras atividades grossistas eram reduzidas. O café Friele adquiriu 5% das quotas de mercado na Noruega.
1981
O novo estabelecimentos de produção em Nesttun entrou em funcionamento. Herman Friele (V) tornou-se diretor no ano anterior. Friele adquiriu 11% das quotas de mercado na Noruega.
1988
Friele formou uma aliança estratégica com o terceiro produtor mundial de café, Douwe Egberts. No mesmo ano Friele assinou um contrato com a rede nacional de supermercados REMA 1000. Friele adquiriu agora 18% das quotas de mercado.
1993
A Kaffehuset Friele comprou os concorrentes café "Krone" e café "Slotts".
Friele assinou um contrato com as redes nacionais de supermercados do grupo ICA Norge e Rimi. A Kaffehuset Friele adquiriu agora 30% das quotas de mercado (Friele 22%, Krone 8%).
1995
A Kaffehuset Friele tornou-se a maior produtora de café do país com um total de 36 por cento das quotas de mercado do café.
1999
A Kaffehuset Friele completou 200 anos, como uma das mais modernas companhias de torrefações de café da Europa.
Para maiores informações, entre em contato com o diretor administrativo Jan Gustav Andersen, tel. +47 913 83 563.
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