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segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Café e jabuticaba unidos no Molho do Barão


Conheça o Molho do Barão, que uniu dois ingredientes bem mineiros, a jabuticaba e o café. Ele é produzido pela Sabarabuçu, a empresa que pretende criar a primeira agroindústria de beneficiamento de jabuticaba do Brasil ainda este ano.

Café e jabuticaba. Esses dois ingredientes mineiros foram unidos em uma receita que está fazendo sucesso. O Molho do Barão é uma criação da empresa Sabarabuçu, uma das mais tradicionais de Sabará, na região metropolitana de Belo Horizonte, e quem tem como principal matéria-prima a jabuticaba.

Meire Ribeiro, proprietária da Sabarabuçu, empresa que beneficia
cerca de 30 toneladas de jabuticaba por ano
( Foto: reprodução Instagram)

A proprietária da empresa, Meire Ribeiro, que também é presidente da Asprodejas, a Associação dos Derivados de Jabuticaba de Sabará, conta que o molho é assinado pela chef Rosilene Campolina. Elas se debruçaram sobre os testes e levaram cerca de seis meses para desenvolver o produto.

A ideia de fabricar um molho com a mistura de jabuticaba e café partiu da vontade de unir e valorizar dois sabores marcantes da identidade gastronômica de Minas Gerais. A jabuticaba é colhida em Sabará. Já o café utilizado na receita é cultivado na Serra da Mantiqueira.

O lançamento do novo produto foi feito com uma receita de filé mignon, musseline de batata baroa e figos, preparada pela chef Rosilene Campolina. Além de ser usado como ingrediente na preparação de pratos, o Molho do Barão é indicado também como acompanhamento de carnes, queijos e torradinhas.

Prato preparado pela chef Rosilene Campolina leva molho de jabuticaba com café
( Foto: reprodução Instagram)

A novidade, que recebeu o nome em homenagem aos antigos barões que cultivavam café no solo mineiro, já está sendo comercializada em feiras por todo o país. O produto também pode ser encontrado em empórios e grandes redes de supermercado como Verdemar e Epa Plus.

Planos para 2020

A história da Sabarabuçu começa em 2005 e a conexão entre a Meire e o negócio foi, digamos, obra do destino. Na época, ela se dedicava ao artesanato e era presidente de uma associação que representava as artesãs do município. Em busca de capacitação técnica para as associadas que trabalhavam com a jabuticaba, ela procurou a Emater. Os técnicos disponibilizaram um curso, mas precisavam montar uma turma com 15 mulheres. Só havia 14. Então, Meire se inscreveu para completar o grupo.

No curso, a então artesã aprendeu a fabricar geleias. Na primeira vez, produziu 200 potes, que foram vendidos na lojinha da associação. De lá pra cá não parou mais. Trocou o artesanato pelos derivados de jabuticaba e se tornou a maior produtora da região.

A Sabarabuçu processa cerca de 30 toneladas de jabuticaba por ano e tem, atualmente, um mix de 16 produtos. Entre as bebidas, estão o licor, a cachaça de cana curtida com jabuticaba e a aguardente feita somente de jabuticaba. A menina dos olhos é a Geleia Gold, que leva folhas de ouro comestíveis e surpreende os consumidores. E um dos produtos mais vendidos pela empresa, segundo a proprietária, é a mostarda de jabuticaba.
A Sabarabuçu tem uma linha com 16 produtos feitos com jabuticaba
( Foto: reprodução Instagram)

A empresária está cheia de planos para 2020. Ela conta que vai construir um espaço que será a primeira agroindústria de jabuticaba do Brasil. A planta da unidade, feita com o apoio da Emater, já está pronta. Assim que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária e o Ministério da Agricultura derem o sinal verde, as obras vão começar.

Meire, que é baiana, se mudou para Minas há 20 anos para acompanhar o marido que veio trabalhar em uma mina de ouro. Hoje, os dois se dedicam à produção de derivados de jabuticaba. “Viemos para Minas por causa do ouro e acabamos encontrando o ouro negro”, brinca a empresária.

Serviço:

Instagram: @sabarabucu

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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