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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Preço médio do café bate recorde em leilão da BSCA


O Cup of Excellence é realizado anualmente em nove países produtores de café. Além do Brasil, o concurso acontece na Guatemala, Costa Rica, Nicarágua, El Salvador, Honduras, Rwanda (África), Colômbia e Bolívia.

No Brasil, o concurso é realizado pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA, sigla em inglês), em parceria com Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Agricoffee Consultoria em Café e Alliance for Coffee Excellence (ACE). O investimento total no evento vai de R$ 400 mil a R$ 500 mil, bancado pelo Governo federal e BSCA.

Os 31 lotes vencedores do 11º Concurso de Qualidade Cafés do Brasil quebraram recorde mundial nos leilões do Cup of Excellence, realizados via internet na terça, dia 18, ao alcançarem receita total de US$ 738.506,40.

Os lotes também bateram recorde nacional de melhor preço médio nos 11 anos de história dos leilões do Cup of Excellence no Brasil, alcançando o valor de US$ 8,32 por libra-peso, ou US$ 1.100,53 (R$ 1.846,69) a saca de 60 kg, representando ágio de 137,71% sobre o preço de abertura de US$ 3,50. Na Bolsa de Nova York, o contrato futuro do café arábica, com vencimento em março/11, o mais líquido, encerrou ontem cotado a US$ 2,3250 por libra-peso.

O maior lance do leilão foi de US$ 25,05 por libra-peso (alta de 964,37% ante Nova York), pago pelo consórcio formado entre as empresas Saza Coffee, Ponpon Coffee, Tabei Coffee, Maruyama Coffee (Japão) e Lucca Cafés Especiais (Brasil). Esse valor equivale a US$ 3.313,49 pagos por cada uma das 20 sacas de Cláudio Carneiro Pinto, campeão do concurso, proprietário da Grota São Pedro, em Carmo de Minas (MG). O lote do produtor rendeu um total de US$ 66.271,03.

A segunda maior cotação do pregão foi paga ao café da Fazenda Serra do Boné, em Araponga (MG), de Carlos Sérgio Sanglard, vice-campeão do 11º Concurso de Qualidade Cafés do Brasil. Seu lote, também de 20 sacas, foi arrematado pelo consórcio formado por Kyokuto Fadie Corporation, Tashiro Coffee, Time's Club for C-COOP e Coffee Libre, que pagou US$ 1.600,53 a saca, gerando um total de US$ 32.011,16.

O presidente da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA, sigla em inglês), Luiz Paulo Dias Pereira Filho, ressaltou em comunicado o maior número de compradores participantes. A Marubeni Corporation, um grande comprador mundial, se interessou pelos cafés especiais do Brasil e adquiriu um lote do Paraná. Segundo ele, as empresas japonesas mantiveram seu intenso ritmo de participação e a boa novidade deste ano veio da Austrália, cujas empresas levaram muitos lotes.

Outro ponto de destaque foi a participação efetiva das empresas brasileiras no leilão deste ano. A Fazenda Camocim adquiriu, sozinha, dois dos 31 lotes ofertados. Já a Lucca Cafés Especiais integrou o consórcio que arrematou o café campeão do concurso e deu o maior lance do leilão.

Segundo a BSCA, mais de 200 torrefadoras internacionais fizeram ofertas no leilão pelos cafés especiais, além de empresas nacionais, em maior número este ano. "É importante não só pelo prêmio em dinheiro, mas pelo reconhecimento internacional", disse à Reuters Luiz Paulo Dias Pereira Filho, presidente da BSCA. 

FONTE
CANAL RURAL

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