Equipamento trazido de Minas Gerais vai colher a safra dos cooperados da Cocamar, reduzir custos e, de quebra, garantir um produto de melhor qualidade. A chamada “derriça” manual do café, feita por grupos de trabalhadores na roça, já é coisa do passado em várias regiões produtoras do Brasil.
Esta página promete ser virada também no Paraná. A partir da próxima sexta-feira pela manhã, começa oficialmente a colheita mecanizada de café na região da Cocamar, que compreende as regiões norte e noroeste do Estado. No ano passado, a cooperativa promoveu uma demonstração do equipamento, que pertence a uma empresa prestadora de serviços de Minas Gerais. Agora, ele está de volta – e promete trabalhar muito até o final da safra.
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| Colheita de café - pintura de Manuel Costa |
DIA HISTÓRICO
O cooperado Valdomiro Balan, dono de 12 hectares na Gleba São Domingos, em Maringá, diz que não vê a hora de a máquina fazer barulho na sua lavoura. Ele vai ser o primeiro. Na sexta-feira, às 9 horas, cafeicultores vizinhos e técnicos da cooperativa vão lá para conferir o dia histórico.
Se antes era preciso bastante gente para colher o café durante dias, a máquina deve fazer todo o serviço num fôlego só. Como é ano de safra magra, o agrônomo da Cocamar, Renato Franco da Silva, acredita numa produtividade entre 700 e 800 sacas em coco. Se fosse ano “gordo”, passaria de 2.000.
Segundo Silva, o produtor Valdomiro Balan pode ser considerado uma referência na região. Seu cafezal, 100% mecanizado, utiliza uma novidade em matéria de secador que facilita ainda mais o serviço.
Ao modernizar a lavoura, Balan deixou de depender de mão-de-obra (que já não é fácil de achar), reduziu custos quase à metade, o serviço termina logo e ele consegue um café de melhor qualidade – porque é colhido no ponto. Desse jeito, pensa até em ampliar o cafezal, coisa que parecia improvável se permanecesse à moda antiga.
FONTE
HNews
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